O bloqueio estabelecido pela Prefeitura de Ribeirão Preto para durar até a próxima segunda-feira (31), pode ganhar um novo prazo para ter fim e terminar apenas na segunda semana de junho, caso a medida não traga uma melhora no cenário da pandemia na cidade.
A informação foi dada com exclusividade pelo repórter Eduardo Schiavone, no programa Agora em Pauta, desta terça-feira (25), e foi confirmada pelo Secretário da Saúde, Sandro Scarpelini, na manhã desta quinta-feira (27).
De acordo com Scarpelini, a fase restritiva, que entrou em vigor nesta quinta-feira, pode ser estendida pela prefeitura caso não provoque mudanças significativas no cenário da Covid-19 em Ribeirão. A medida foi adotada após a cidade registrar 97% de ocupação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva para a Covid-19 para evitar um possível colapso na rede de saúde.
Nesta quinta-feira, Ribeirão registrou 629 internados, além de taxas de ocupação na casa dos 93,7% na UTI e 84,7% em leitos de enfermaria. Entre todos os pacientes internados, 218 fazem uso de respirador, segundo a plataforma LeitosCovid.Org.
Segundo o Secretário de Saúde, após os cinco dias de restrição, os resultados do lockdown serão avaliados e a prefeitura decidirá, em um novo anúncio a ser realizado na segunda-feira (31), se a paralisação deve ou não permanecer.
“É uma medida que vai ser reavaliada. A princípio, até segunda-feira (31), mas com uma chance, na atual condição, de continuar isso até a semana seguinte. Acho que está na mente de todo mundo essa possibilidade. Teria que acontecer realmente essa queda significativa para a gente poder ficar só com a segunda-feira”, disse Scarpelini em entrevista ao programa Bom Dia São Paulo, transmitido pela TV Globo.
Lockdown
Com funcionamento de bares, restaurantes, shoppings, lojas, centros comerciais, escolas e salões de beleza, assim como circulação de ônibus do transporte coletivo, proibidos, Ribeirão registrou pouco movimento no primeiro dia de fase restritiva na cidade.
A medida, que é semelhante a um lockdown, porém com funcionamento de bancos, indústrias e setor da construção civil permitido, prevê ainda a abertura de lanchonetes, mercearias e supermercados em sistema delivery.