Arte boa para a quarentena: Billy Joe, Drica Jaxs, Justu, Caio Cogito e Rafa Thor

Em memória de Billy Joe

Nesta quarentena, muitos fazem campanha na internet em favor do consumo no comércio local para manter a economia funcionando já que grandes grupos econômicos possuem mais recursos para manter seus negócios vivos em tempos de crise. Faz todo o sentido, com a exceção de quando os mesmos comerciantes jogam os preços lá para cima a fim de aproveitar a crise para crescer em cima da necessidade coletiva. Daí, já não valem mais a deferência. Mas, estamos aqui para falar de arte e “jogar os preços lá em cima” não é uma opção para quem vive de fazer cultura, isso significa que temos material de graça, aos borbotões, correndo pela rede para degustar. As lives que o digam! 

 

 

Essas estão se espalhando como um vírus, percorrendo todos os perfis, preenchendo as noites de quem realmente está em casa, rompendo padrões do mercado e até causando polêmica por conter aglomerações em seus sets. Mas, estou falando dos grandes comerciantes da música em escala financeira. Os “menores”, nada menores em talento e capacidade, mantém-se longe das polêmicas e recordes, mas são os mais produtivos e que geram mais iniciativas conjuntas em prol da categoria, como o projeto ”Live in Casa” executado por artistas de Ribeirão Preto. É nessa linha, de artistas locais, que vos trago uma singela lista de 5 artistas para conhecer e consumir na quarentena, com variedades para todos os gostos. 

Drica Jaxs

A musicista e produtora é de Taquaritinga, começou como contrabaixista e foi uma das fundadoras da banda Srta. Zirma, formada apenas por mulheres, entre outros projetos com os quais já rodou por diversas casas da região, inclusive o Teatro Pedro II, num show tributo para Cássia Eller. Seu primeiro single, recém lançado, convida para o primeiro EP que deve ser lançado em breve. O som, traz um pouco da veia rock de Drica, com a inevitável influência da MPB e das cantoras brasileiras. Confira!

Rafa Thor

Rafa Thor é de Jaboticabal, já abriu shows de Emicida, Planta e Raiz, Poesia Acústica, Cidade Verde Sounds, entre outros, e já esteve aqui na coluna. Faz um reggae honesto, estilo que domina com muita qualidade, e lançou recentemente a faixa que você confere abaixo.

Caio Cogito

Cogito é MC de Ribeirão Preto, já tem um bom álbum lançado pelo selo Atlântida How, que produz diversos artistas da região. O single do álbum, lançado já algum tempo, é a ótima música que você ouve agora, com beat da Mar’Oka 7 Produções, outra produtora de rap constante nos trabalhos da região.

Justu

A banda é um duo, formada pelos veteranos Joca Vita (guitarra) e Jofra (bateria) que destila Garage Rock dos anos 60, Punk e pós-punk. Joca é baixista da banda Motormama e já encabeçou diversos (bons!) projetos na região de Ribeirão Preto com alguns dos quais já cheguei até a dividir palco em tempos de outrora. Um artista operário sempre construindo para a cena local. A música abaixo, recém-lançada, teve gravação, mixagem e masterização de Felipe Maia, do estúdio Baboo Music.

Billy Joe

O último e nada menos importante é um artista de Ribeirão Preto que faleceu em São Paulo, nos últimos dias, vítima do corona vírus. Billy Joe foi B.boy, um dos fundadores do grupo Funk Fockers, e nos últimos anos passou a atuar também como rapper. Tem vários sons lançados e deixou saudades para um bom público de rap underground. Nos últimos tempos vivia como artista de rua na capital, fazendo sarau e freestyle no metrô. Ele teve sintomas do Covid-19, foi internado e faleceu dias depois. Billy Joe encerra esta coluna como homenageado, e como um lembrete aos incautos que não levam a sério a crise que estamos passando. Que descanse em paz, e que sua arte seja lembrada! 

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