Policial que atirou em três adolescentes é levado para corregedoria em Ribeirão

Autor foi detido por posse ilegal de arma nesta quinta-feira (16) e vai responder por tentativa de homicídio; Caso ocorreu no dia 27 de agosto, na avenida Portugal

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Rapazes ficaram abalados após o caso Foto: Reprodução

Após perseguir e atirar em três adolescentes,  na avenida Portugal, no dia 27 de agosto, um policial civil afastado foi apresentado na corregedoria de Ribeirão Preto, na manhã desta quinta-feira (16). O oficial, detido em flagrante por posse ilegal de arma, vai responder por tentativa de homicídio contra as vítimas.

O caso foi registrado por câmeras de segurança da região onde a tentativa ocorreu. Em uma das imagens, o policial aparece em um carro preto, enquanto os três jovens compram caldo de cana em uma barraca. Logo após, os adolescentes aparecem correndo em direção à avenida César Vergueiro. 

De acordo com uma testemunha, as vítimas saíram disparadas, após o oficial atirar contra eles e persegui-los com o carro. No vídeo ainda é possível acompanhar quando um dos rapazes entra dentro de um prédio para se esconder. Neste momento, o homem estaciona o veículo e chega a descer do automóvel para ir ao encontro do jovem. Confira: 

Investigação 

Após o caso, a família dos rapazes registrou um boletim de ocorrência contra o policial, que está afastado há mais de dois anos devido a problemas psicológicos. Depois de investigações da Corregedoria foram expedidos três mandados de busca e apreensão contra o suspeito, deflagrados na manhã desta quinta. 

Na casa do suspeito foi encontrada uma arma, registrada no em nome do pai do oficial, que já morreu. Aos agentes ele ainda confessou ter efetuado os disparos contra os adolescentes, mas informou que atirou contra o chão, depois de os garotos terem apertado a campainha de sua casa e saírem correndo. 

A arma foi apreendida e o policial detido por porte ilegal. Além disso, o homem ainda vai responder por tentativa de homicídio.

Medo 

Segundo o advogado Daniel Rondi, que representa o caso, os meninos estão abalados após sofrerem o atentado, pois “uma tragédia poderia ter acontecido”. “São pessoas de bem e estão confiantes que a corregedoria da Polícia Civil e  Ministério Público vão dar a resposta de justiça a um comportamento não aceitável ainda mais de alguém treinado pelo Estado, ainda que de licença”.