Vereador Isaac Antunes aceita acordo em ação por crime eleitoral

Parlamentar foi denunciado com base nas investigações da Operação Têmis e terá que admitir culpa para receber o benefício

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Vereador concordou em admitir culpa e pagar multa para evitar condenação

O vereador Isaac Antunes (PL), de Ribeirão Preto, aceitou esta semana um acordo proposto pelo Ministério Público para encerrar uma ação contra ele por crime eleitoral e associação criminosa. O parlamentar foi denunciado em 2020, com base nas investigações da Operação Têmis. Para receber o benefício, ele terá de admitir culpa.

Dois ex-assessores dele, que foram acusados no mesmo processo, também manifestaram interesse no acordo.

A investigação descobriu um esquema milionário de fraudes judiciais. Escritórios de advocacia cadastravam pessoas interessadas renegociar dívidas e, sem autorização delas, movia processos indenizatórios. Um dos investigados firmou acordo de delação e alegou que Antunes tirava proveito eleitoral desses cadastros.

O processo tinha audiência de instrução para o depoimento de testemunhas marcado para esta quarta-feira (06). Com a manifestação dos réus, a Justiça Eleitoral adiou a audiência em duas semanas, para análise da promotoria.

Isaac se comprometeu a pagar cinco salários-mínimos de multa, pouco mais de R$ 6 mil, para encerrar o processo.

“Caso haja a concordância do membro do Parquet, informam os REQUERENTES que têm interesse na aceitação da aplicação do disposto no artigo 28-A do CPP, aceitação está que será confirmada por escrito após manifestação do ilustre Promotor, dispensando, caso Vossa Excelência entenda possível, a audiência para homologação”, diz a petição apresentada pela defesa do vereador e dos demais réus.

Procurado pela reportagem do Grupo Thathi, Antunes afirmou que não comentaria o assunto.

Futuro

Para o cientista político Luiz Rufino, a admissão de culpa deve ter um impacto pequeno na trajetória política de Isaac. O vereador é pré-candidato a deputado federal.

Luiz Rufino, cientista político, “Vai depender da divulgação que isso (acordo) tiver na mídia. O brasileiro não tem memória, então o impacto na carreira política tende a ser menor”, declarou.