Conselho Deliberativo do Botafogo decide hoje expulsão de Gérson Engracia

Reunião, marcada para às 18h30, deve avaliar conduta do ex-presidente, acusado de gestão temerária durante a criação do Botafogo Futebol SA

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O Conselho de Deliberativo do Botafogo Futebol Clube decide nesta segunda-feira (30), o destino do ex-presidente Gérson Engrácia Garcia, que pode ser excluído do quadro administrativo do time e responder judicialmente, após suspeita de gestão temerária por ter assinado contratos com a Botafogo Futebol SA sem o aval do Conselho. 

A decisão será tomada em duas reuniões, a primeira sobre a exclusão do ex-presidente do quadro de membros associados time, marcada para às 18h30 desta segunda. Para a expulsão, serão necessários dois terços dos votos dos conselheiros que estiverem presentes. Caso seja expulso, Garcia não poderá assumir mais nenhum cargo junto ao Pantera. 

Logo após, o Conselho vai definir se ex-presidente responderá ou não no âmbito judicial pelos contratos assinados. Segundo o comitê de ética do time, os papéis estão em desacordo com o estatuto da associação. Neste caso, será necessário o apoio de maioria simples durante a votação. 

O caso 

A ameaça de expulsão do ex-presidente começou em 2019, após suspeitas de que Garcia teria realizado uma gestão temerária ao assinar os contratos com o Botafogo Futebol SA, empresa que gere o futebol do clube e explora o uso do estádio Santa Cruz, sem o aval do Conselho. Na época, o Conselho Deliberativo do Botafogo Futebol Clube instaurou um processo administrativo, após requerimento assinado por 20 conselheiros.

O caso foi divulgado com exclusividade pelo Portal da Thathi. Durante a mesma reunião, o Conselho instituiu ainda uma comissão, com três membros, para acompanhar os trabalhos do Conselho Fiscal, responsável por analisar as contas do clube referentes a 2018, quando o presidente era Gérson Engrácia. 

Em fevereiro de 2020, o Conselho Deliberativo do Botafogo Futebol aprovou o parecer do comitê de ética que recomendava a exclusão do ex-presidente dos quadros associativos da entidade.

De acordo com o parecer, Gerson é investigado por uma série de atos de ação temerária feitos durante sua gestão no comando do Botafogo Futebol Clube e da Botafogo Futebol SA. Entre eles está a omissão na defesa dos interesses do Botafogo, que teriam levado à perda do refinanciamento de dívidas federais, o que ampliou a dívida do Botafogo em aproximadamente R$ 25 milhões.

O ex-presidente chegou a contestar a deliberação na Justiça, mas o pedido foi rejeitado.