Possível nova variante da Covid-19 é encontrada por pesquisadores no DRS de Araraquara

Paciente em leito destinado para o tratamento da Covid-19 - Foto: Bruno Cecim/Ag.Pará

Uma possível nova variante da Covid-19 foi encontrada, por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Porto Ferreira, no DRS (Departamento Regional de Saúde) em Araraquara, município localizado a 91,2 quilômetros de Ribeirão Preto.

A nova variante, derivada da linhagem B.1.1.28, prevalente no território nacional durante a primeira onda da pandemia, em 2020, apresenta a mutação L452R na região da proteína de espícula, também conhecida como Spike, ou S, responsável pela entrada do vírus nas células humanas.

A nova mutação detectada está associada ao escape de anticorpos neutralizantes, como observado em duas variantes já identificadas na Califórnia, nos Estados Unidos e também, mais recentemente, na nova variante descrita na Índia.

“Nós já atuamos fazendo diagnóstico daquela região, que chamamos de Diretoria Regional de Saúde 3, onde temos Araraquara e as cidades vizinhas”, afirmou o professor do Instituto de Biotecnologia (IBTEC) do campus Botucatu, João Pessoa Araújo Júnior.

“O que nos levou a buscar esta região, especificamente, foi o fato de termos encontrado as variantes P.1 e P.2 em uma cidade pequena, que foi Porto Ferreira. Nossa hipótese inicial era: vamos estudar bem essa cidade, porque conseguimos monitorar qual variante irá prevalecer, a P.1 ou P.2; se alguma tem uma vantagem sobre a outra. Nessa busca, acabamos encontrando a nova variante”, continuou o professor.

Além do município de Porto Ferreira, a possível nova variante também foi identificada em Descalvado, que também faz parte da DRS de Araraquara, Araras, Cesário Lange, Itirapina, Mococa, Rio Claro, Santa Cruz das Palmeiras, Sumaré e Tambaú.

“A nova variante que nós identificamos parece estar restrita, ainda, a uma região geográfica. Então, existe a vantagem de trazer um alerta para que medidas sejam tomadas, de modo a tentar evitar que ela se espalhe para outras localidades”, afirma Cintia Bittar Oliva, pesquisadora do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce) do campus da Unesp em São José do Rio Preto.

*Contém informações de Araraquara Agora

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