Pelo décimo dia seguido, Ribeirão Preto registra mortes causadas pelo covid-19

Cidade registrou 20 falecimentos pela doença no período; situação é ainda pior em junho, que concentra 17 óbitos

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Médica compara duas radiografias de tórax - Foto: Agência Brasil

Pelo décimo dia seguido, Ribeirão Preto registrou ao menos uma morte causada por covid 19.  Nesse período, foram 20 ocorrências, média de duas por dia. Os dados são da prefeitura da cidade e foram contabilizados pelo Grupo Thathi de comunicação. O último dia sem ocorrências de morte no município foi 28 de maio. O levantamento leva em conta a data do óbito, não da divulgação do mesmo.

A situação, entretanto, registrou piora depois da reabertura do comércio, ocorrida em 1º de junho. Desde então, Ribeirão Preto registrou 17 mortes causadas por covid-19, médica de quase cinco a cada dois dias.

Nesta segunda-feira (8), foram mais seis ocorrências confirmadas pela prefeitura da cidade. Os dados levantados pelo Grupo Thathi mostram as ocorrências de 1º a 7 de junho. Os dados de hoje ainda não constam nos boletins da prefeitura.

Dados

No total, são 44 mortes desde o início da pandemia na cidade.  São 6914 caos notificados, com 1791 confirmados e 4277 descartados. Aguardam resultados 846 testes.

As seis novas vítimas as novas vítimas são maiores de 60 anos. São três mulheres (95, 71 e 88 anos) e três homens (80, 64 e 60 anos). Uma morte ocorreu no dia 2 de junho, duas no dia 4, uma no dia 5, uma no dia 6 e outra no dia 7.

Em todos os casos, os pacientes tinham comorbidades. Duas mortes ocorreram em casa e quatro em hospitais da cidade. A cidade registra ainda 233 casos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave.

Comércio

Apesar dos números, Dirceu Greco, médico infectologista e presidente da Sociedade Brasileira de Bioética, acredita que não se pode afirmar se o aumento de casos tenha relação direta com a abertura do comércio. “O vírus já pode se manifestar a partir do primeiro dia de infecção, mas a maior parte dos casos pode acontecer após o sétimo dia, que é conhecido como tempo médio. Não temos uma exatidão quanto ao período de evolução pois não há tempo de experimentação”, completou o infectologista.

Domingos Alves, especialista que atua no Hospital das Clínicas, acredita, no entanto, que a tendência é a situação piorar ainda mais. “Certamente já temos algum impacto, que deve ser ainda pior nas próximas semanas, por conta da reabertura”, informou.