Para acabar com fila de exames de covid-19, prefeitura faz parceria e aposta em robôs

Foram enviados ao Instituto Butantã 3 mil exames que estão represados em Ribeirão Preto; Fiocruz também processará exames por cinco semanas

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Testagem de covid-19 será incrementada - Foto: Divulgação

Para resolver a sobrecarga de exames para detecção da covid-19 dos casos notificados em Ribeirão Preto, que passam de 4,5 mil acumulados, a Secretaria da Saúde decRibeiráo estabeleceu um acordo com o Instituto Butantan e Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) para diminuir o acumulo e tempo de espera que chega a 10 dias.

Esta semana, foram enviados ao Butantan, 2 mil amostras de pacientes de Ribeirão Preto, e na próxima segunda-feira (6), outros mil serão enviados. O instituto desenvolverá uma força tarefa para acabar com a fila de exames na cidade. A capacidade da instituição é de realizar 800 exames por dia.

Já a parceria com a Fiocruz permitirá a realização de 800 exames diários, durante cinco semanas, até que a cidade receba os robôs que serão implantados no Supera Parque, e irão agilizar o processo de execução de exames, além de aumentar a capacidade e diminuir o tempo de espera.

Explicação

O secretário da Saúde, Sandro Scarpelini, explica que Ribeirão Preto é a única cidade do país que está colhendo amostrar para exames da Covid-19 em todas as unidades de saúde, principalmente no Polo Covid-19 (UPA), com qualquer sintoma de síndrome gripal, e que isso afetou o fluxo de resultados.

“Essa capacidade gerou uma produção muito maior de a nossa capacidade anteriormente instalada no Supera Parque, o que resultou no acumulo de exames. Portanto, em cerca de 15 dias, todos os exames estarão sendo feitos em Ribeirão Preto, na velocidade que precisamos, maior que qualquer cidade do Brasil e resolveremos o represamento definitivamente, disse Sandro Scarpelini”.

Robôs

A execução dos exames PCR para detecção do coronavírus, pelos robôs que a cidade receberá, será realizada em duas etapas. O robô desenvolvido com alta tecnologia, faz a extração e separação do RNA do vírus da secreção nasal coletada do paciente, a partir de processo automatizado que leva cerca de duas horas, em média contra o processo convencional, que leva, em média, quatro horas.

Feita a separação do RNA do vírus, a próxima etapa consiste em introduzir o RNA separado em outra máquina, mistura-se então, uma substância reagente. Se a presença do vírus for positiva, a substância, em contato com o RNA emite fluorescência microscópica. No caso de não haver presença do vírus da COVID-19, a fluorescência microscópica não é emitida.

Cada placa tem capacidade de realizar cerca de 120 exames de uma vez. Atualmente, com a atual estrutura, com a coleta da secreção nasal de pacientes, a extração do RNA do vírus está sendo feita em três turnos. 

Os robôs que customizam esse processo, encurta o caminho e reduz o tempo de execução de exames, que aumentará  a capacidade de realização de, em média, 800 exames ao dia, cada um, sem represamento de resultados.