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Mercadão de Ribeirão Preto completa 118 anos nesta sexta-feira, 28

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Falar sobre Ribeirão Preto e não citar o Mercadão é algo praticamente impossível. Parte da história e do desenvolvimento da cidade, o local completa nesta sexta-feira (28) 118 anos. Em comemoração, acontece uma grande festa. As atividades envolvem dança, música e, claro, o tradicional parabéns, com um bolo de cinco metros de comprimento e mais de 90 quilos que será oferecido para quem passar pelo local.

O fluxo não é pequeno. São 30 mil visitantes por semana e mais de um milhão por ano. Além de ser considerado um dos pontos turísticos da cidade, em 1993 o prédio foi tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) como Patrimônio Histórico.

Localizado no quadrilátero entre as ruas São Sebastião, José Bonifácio, Américo Brasiliense e avenida Jerônimo Gonçalves, o prédio do Mercadão começou a ser construído em 1899 e foi inaugurado em 1900. De arquitetura grandiosa, o local se diferenciava pela cobertura envidraçada, estrutura de tijolos de barro e altura. Logo que começou a funcionar se tornou um marco para a cidade, sendo o responsável pelo abastecimento de famílias de Ribeirão e região.

O Mercado Municipal sempre foi ponto de venda para quase tudo. Alimentos, suprimentos, roupas, calçados e ferramentas. Durante oito anos, o grupo Folena & Cia, concessionário do imóvel, explorou o local, até que a Prefeitura, indenizando o grupo em “120 contos de reis”, tomou posse do imóvel.

O que muita gente não sabe é que em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, um curto circuito causou um grande incêndio que destruiu o prédio completamente e, por isso, comerciantes se mudaram para a avenida Francisco Junqueira. O mau cheiro não agradou e, mais uma vez, os lojistas foram obrigados a parar as atividades.

Em 1956, 14 anos após o episódio, o então prefeito Costábile Romano decidiu propor a construção de um novo mercado. Ela foi aceita e em 1958 o local foi reinaugurado, retomando o impulso econômico.

Projetado pelo engenheiro Jaime Zeiger, o novo prédio também foi inovador para a época. São 4150 metros quadrados divididos por um corredor principal e cinco corredores secundários. A parte externa, revestida por pastilhas, foi presenteada com a obra do artista Bassano Vaccarini. Na década de 1990, o Mercado Municipal passou a ser responsabilidade da Coderp, como é até hoje.