Finanças, saúde e educação: confira os destaques da edição especial do ‘Mentoria Ribeirão 2020’

Programa apresentado por Chaim Zaher contou com a presença do prefeito Duarte Nogueira e de todos os secretários da gestão municipal

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O Prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), participou na noite desta segunda-feira (27) da primeira edição especial do ‘Mentoria Ribeirão 2020’, apresentado pelo empresário Chaim Zaher, no anfiteatro do Instituto SEB. O programa contou com a presença de todos os secretários da atual gestão municipal que, a frente de uma plateia de 200 pessoas, debateram os principais desafios e problemas enfrentados pela população da cidade. O advogado Dirceu Crysosthomo, a jornalista Adriana Silva, o professor Gilberto Abreu e o empresário Maurílio Biagi fizeram parte da bancada de entrevistadores. 

De início, Nogueira fez uma longa apresentação para apontar números e dados coletados ao longo dos últimos dois anos e cinco meses de mandato. Com slides e infográficos, o chefe do Executivo citou, entre outros assuntos, como teria recebido os cofres públicos endividados das mãos de Dárcy Vera (sem partido), afirmou que conseguiu amenizar os impactos do gasto com o Instituto Previdenciário do Municipiário (IPM) e disse que, de 2017 para cá, recapeou 200 quilômetros de malha viária em Ribeirão – o que, segundo ele, é equivalente ao total do recapeado nos oitos anos última gestão.

A saúde pública também não ficou fora da conversa. Ao ser questionado sobre a demora nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nos hospitais da cidade, o secretário responsável pela pasta, Sandro Scarpelini, alegou que o que acontece, na verdade, é a demora na transferência para outras unidades. “Pode até demorar, mas isso não significa que o paciente está deixando de ser atendido. Esse é um problema do Brasil, nós temos poucos leitos e, infelizmente, as unidades acabam lotadas”. 

Investimento foi a palavra usada por Scarpelini para definir uma possível solução da situação. Para ele, ter ‘abraçado’ o gerenciamento do Hospital Santa Lydia foi um grande erro da gestão Dárcy que, até pode ter aumentado o número de leitos em Ribeirão, mas não foi o suficiente. “A pessoas cobram da Prefeitura, mas esquecem que a saúde é, também, responsabilidade dos governos Federal e Estadual, que devem investir nos municípios”. 

Sobre a inauguração das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) Norte e Oeste, Nogueira não mudou o discurso do que já havia sido informado pelo Governo no começo de abril, e informou que os dois prédios passarão por reformas para que sejam reabertos até o final do segundo semestre deste ano. 

Durante o programa, o prefeito voltou a reafirmar que os servidores municipais não terão aumento, mesmo com a possibilidade jurídica da reposição salarial existindo, já que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) criou uma regra de transição para aliviar a situação do Palácio Rio Branco com os gastos do IPM. “Eles não ganharão mais. Nós já temos que fazer das tripas o coração para garantir os pagamentos de todo mundo”, declarou. 

Entenda: TCE cria regra de transição e alivia situação da Prefeitura com os gastos do IPM

** Pela nova determinação, até 2023, o TCE vai considerar como gasto com pessoal apenas uma parte do que é destinado aos aposentados, de maneira progressiva. A medida surgiu após Nogueira apresentar que o município já estaria no limite máximo dos vencimentos, e apontar o fato como uma das justificativas para não conceder a reposição salarial cobrada pelos servidores.

 

Falando nos aposentados, o chefe do executivo foi taxativo e disse que a nova regra da previdência municipal deve amenizar a situação dos gastos com o IPM e informou que, em agosto, enviará à Câmara um projeto para propor possíveis adaptações nos cofres da cidade, a partir de análises feitas em outros cantos do Brasil. “A aprovação da Reforma da Previdência – de Brasília – , por exemplo, pode ser uma parte solução”. 

Uma das pastas mais comentadas pelos noticiários no último ano, a Educação – agora sobre a responsabilidade do administrador Felipe Elias Miguel – também foi um dos pontos altos do debate. Inicialmente, o secretário falou sobre a situação dos 400 ex-alunos da Escola Municipal Domingos Angerami, do Complexo Ribeirão Verde. Segundo Miguel, um terreno do Jardim Pedra Branca já foi identificado para que uma nova unidade escolar seja construída no bairro, mas o processo pode demandar tempo. Para quem não se lembra, aproximadamente 400 crianças e adolescentes precisaram ser transferidas para um escola dos Campos Elíseos, após o Ministério Público apontar problemas graves na infraestrutura do local. 

Questionado sobre como vai funcionar a reposição das aulas perdidas durante a greve dos servidores e também durante o período de interdição (no caso do Caic Antônio Palocci), o chefe da pasta garantiu que todos os dias sem estudos serão repostos, de acordo com os calendários alternativos apresentados por cada escola. “Todos os alunos terão os 200 dias letivos previstos para 2019”. 

Antes de terminar, Nogueira prometeu que, atualmente, trabalha para fixar e regularizar a presença dos ambulantes na região Central da cidade. Para ele, o assunto é “extremamente delicado”, mas está sendo feito em parceria com a população e com os órgãos competentes.

“O que precisamos é entender que existe uma diferença entre esses comerciantes de rua que já atuam há anos, e os outros que agem de forma aleatória para beneficiar o interesse de outras pessoas, que querem lucrar sem pagar imposto”, finalizou. 

Para conferir o programa na íntegra, acesse aqui. Essa e outras edições estão disponíveis na multiplataforma do Grupo Thathi de Comunicação.