Ex-prefeita Dárcy Vera cobra, na justiça, pagamento de férias atrasadas

Valor da ação pode chegar a R$ 250.167,81

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A ex-prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, ingressou na 2ª Vara da Fazenda Pública, com uma ação reivindicando o pagamento de férias vencidas, durante o período em que esteve à frente da prefeitura, entre  janeiro de 2009 até dezembro de 2016.

Darcy Vera reitera na ação que nesse período não gozou de nenhuma paralisação, trabalhando em tempo integral, todos os dias. O caso será julgado pela juíza Lucilene Aparecida Canella de Mello. O valor total é de R$ 250.167,81, sendo R$ 174.300,00 referentes às férias e o restante relativo a um terço dessa quantia do abono pecuniário e aos custos do processo e honorários advocatícios.

O caso gera ampla discussão de caráter jurídico e moral. Segundo a Lei Orgânica do Município, o prefeito tem direito anual a férias, no entanto nada diz sobre o fato de não tê-lo feito.  Dárcy Vera foi afastada do cargo e condenada a 26 anos, um mês e 3 dias de prisão, por ter participado do esquema que desviou 45, 5 milhões de reais da prefeitura. Ela ficou presa por dois anos e seis meses no presídio de Tremembé e, graças a um habeas corpus, cumpre pena de prisão domiciliar.

Sob o ponto de vista ético, o cientista político José Elias Domingos, ouvido pelo Portal da Thathi, ressaltou que a atitude da ex-prefeita é moralmente intangível , literalmente um “tapa na cara” da população de Ribeirão Preto, que esperava da prefeita uma administração zelosa e atuante, o que de fato não ocorreu. Para o cientista, essa atitude serve de lição à população, que deve ter o cuidado na escolha de seus agentes representativos , evitando aqueles que só pensam em seus interesses pessoais e não na comunidade como um todo.