Câmara vota possível cassação de Duda na terça-feira (11)

Parlamentar é acusada de usar carro público para ir a eventos particulares e partidários

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Duda Hidaldo, vereadora pelo PT em Ribeirão Preto - Foto: Divulgação

A vereadora Duda Hidalgo (PT) deve ser julgada, na próxima terça-feira (11), pela Câmara, no processo de cassação de seu mandato. Ela é acusada de utilizar para fins particulares o carro público a que tem direito. A decisão ocorre depois de a Justiça afirmar que o processo que pode levar à perda do mandato da parlamentar seguiu os trâmites legais. A parlamentar ainda questiona a decisão em segunda instância.

O Conselho de Ética deverá decidir se arquiva o caso, ou pode, ainda, indicar a aplicação de penas que vão desde a suspensão até a cassação do mandato. A Câmara já convocou para terça-feira (11) uma sessão extraordinária para deliberar sobre o parecer do Conselho, que ainda não foi elaborado.

A pressa da Câmara acontece por que o prazo do processo disciplinar em curso no Conselho de Ética, de 90 dias, vence no dia 12 de abril. Se não tiver decisão, o processo deve ser arquivado.

Segundo Renato Zucoloto (PP), relator do caso no Conselho, com a sessão, chega ao fim também o trabalho do Conselho de Ética. “Tenho a compreensão de que tento fazer as coisas da melhor maneira possível, embora nem sempre seja possível. Sempre tive certeza do que estava fazendo. Ouvi muita bobagem, mas, ao final a, Justiça abalizou minha tese e podemos chegar ao fim do processo”.

Processo

O processo de cassação ficou suspenso por 49 dias, depois de Duda ter conseguido, no Tribunal de Justiça, paralisar, em decisão liminar, a investigação sob alegação de cerceamento de defesa. Em 1º de abril, entretanto, Justiça de Ribeirão, em julgamento do mérito do caso, concluiu que não houve irregularidade.

A defesa de Duda informou, porém, que irá contestar a decisão. “O Conselho de Ética deu andamento ao processo de perseguição política que busca cassar meu mandato legitimamente eleito, antes mesmo do trânsito em julgado do mandado de segurança e contra uma ordem do TJSP suspendendo liminarmente seu trâmite”, disse.

Ela afirmou, entretanto, que estará presente na sessão. “Apesar dessa estranha pressa, comparecerei a reunião do Conselho de Ética e também da Sessão Extraordinária que foram antecipadamente convocadas pois, diferentemente do que tem sido propagado em diversos momentos, jamais fugi deste processo. Tenho plena tranquilidade da legalidade de todas as minhas ações enquanto vereadora e não irei abaixar a cabeça para pessoas que, acostumadas a praticar violência política de gênero, não aceitam o resultado das urnas”, afirmou, em nota.

“Estou sendo atacada por aqueles que nos desprezam. Não serei intimidada e seguirei firme em defesa de meu mandato e das pautas que fui eleita para lutar!”, finalizou a parlamentar.