Três policiais militares foram flagrados agredindo um jovem durante uma abordagem, na madrugada desta quinta-feira (1º), na avenida Princesa Isabel, em Guariba. O caso ganhou repercussão, após um vídeo da violência ter sido divulgado nas redes sociais. Em nota, a Polícia Militar disse que vai investigar o caso. 

De acordo com uma moradora da cidade, o jovem estaria com amigos ao redor de uma fogueira para se aquecer do frio. Foi quando os oficiais chegaram, agrediram o rapaz e ainda jogaram sua bicicleta no fogo. Veja no vídeo acima. 

Nas imagens é possível ver o momento em que dois policiais tiram o jovem do chão e o agridem com um pedaço de madeira. Enquanto isso, segue-se uma discussão, onde outro oficial  manda uma moradora fechar a porta. “Eu já mandei você fechar essa p**** dessa porta, vai fecha esse c****** aí. É para fechar agora”, diz. 

Durante as agressões, o jovem chega a dizer que está sendo confundido com alguém. “Não sou eu não. Não fui eu, senhor”, afirma diversas vezes, sem ser ouvido. 

Repercussão 

O vídeo foi divulgado por uma moradora no Facebook. No relato, ela conta que não é a primeira vez que um caso assim ocorre na cidade. “Uma ação totalmente despreparada, violenta e sem necessidade. Falta preparo para executar as abordagens, violência não pode se tornar algo corriqueiro, pois somos inocentes até que se prove ao contrário”, disse. 

A mulher chegou a pedir para que os agentes respeitem as pessoas,  “em distinção de classe, cor, religião e sexualidade”, durante a abordagem, pois “a polícia presta serviço à sociedade, ou seja, ele presta serviço à nós cidadãos”.  

“Mas não é isso que está ocorrendo, a polícia está abusando da sua autoridade, para fazer uso da força excessiva para abordagens violentas. Não é a primeira vez que isso ocorre. Basta”, concluiu. 

Outro lado 

Em nota, a Polícia Militar de Sertãozinho informou que tomou conhecimento do vídeo divulgado nas redes sociais e disse que foi instaurada uma investigação preliminar para identificar  o local onde a violência ocorreu e os agentes envolvidos na ação, “ visando a

adoção de medidas ulteriores de apuração de Polícia Judiciária Militar e Disciplinar”.

A PM disse ainda que “não coaduna com tal comportamento, pautando-se sempre pela legalidade e agindo dentro de Procedimentos Operacionais Padrão” .