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PM resgata menino de 11 anos acorrentado dentro de um barril de ferro em Campinas

Imagem: Divulgação

A Polícia Militar resgatou, na tarde de sábado (30), um menino de 11 anos que era mantido dentro de um barril de ferro com as mãos e com os pés acorrentados em Campinas. Na ocasião, três pessoas foram presas suspeitas do crime de tortura, incluindo o pai do menino.

De acordo com a PM, a equipe foi ao local depois que moradores da região perceberam que o garoto havia deixado de ir para a escola e de brincar com outras crianças do bairro.

Ao chegar na casa, a filha da namorada do pai da criança deixou a composição entrar. Lá, os policiais militares viram que o garoto era mantido em pé no espaço onde também fazia necessidades fisiológicas.

Eles relataram que o local era coberto por uma telha e havia uma pia de mármore por cima, o que impedia a saída dele. O garoto estava nu, debilitado e apresentava sinais de desnutrição, de acordo com a equipe.

A composição usou um corta-fios para remover as correntes, e ele foi levado ao Hospital Ouro Verde, onde permanecia internado até este domingo (31) e sob a tutela de uma tia paterna. A determinação foi feita pelo Conselho Tutelar.

“Ele disse para mim que chegou a comer fezes, porque não davam comida para ele”, afirmou o Mike Jason, 2º sargento que acompanha o caso.

“O menino relatou que o homem jogava água sanitária e água fria para dar banho nele”, disse um membro da equipe de Enfermagem que trata a criança.

Segundo a Polícia Militar, o pai da criança e a namorada dele foram presos em flagrante no momento em que voltaram de um supermercado para a residência. A filha da namorada do pai do menino também foi presa.

Castigo e sofrimento

No Boletim de Ocorrência consta que o pai do garoto, que é auxiliar de serviços, de 31 anos, o menino é “agitado dentro de casa”, e ele fez isso para educá-lo. A criança, conforme a PM, ficava impossibilitada de sentar ou agachar e, com isso, também apresentava pernas inchadas.

A Polícia Civil considerou que o homem aplicou violência e grave ameaça que provocaram intenso sofrimento físico e mental; enquanto que a namorada dele, uma faxineira de 39 anos, e a filha dela, que atua como vendedora, se omitiram e nada fizeram para evitar os resultados.

O delegado de plantão determinou a prisão do pai da criança e, caso ele seja denunciado e condenado, pode receber pena mínima de prisão pelo crime que varia de dois a oito anos.

Já a namorada e a filha dela, se responsabilizadas apenas pela omissão, podem receber pena de 1 a 4 anos de detenção. A polícia arbitrou fiança de R$ 5 mil para cada uma delas, mas, até a publicação desta matéria, não há informações sobre os pagamentos.

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