Um homem foi levado à Delegacia na tarde desta quarta-feira (3) após assediar uma adolescente e uma jovem na porta de uma escola, na rua Florinda Bordizan Sampaio, no Jardim José Sampaio Júnior, na zona norte de Ribeirão Preto. O caso foi registrado e o suspeito foi liberado.
Uma das vítimas, Victoria Galvão Magalhães, 18, Agente de Organização da Escola, conta que estava saindo para almoçar, por volta das 11h e que esperava o pai para buscá-la, quando viu a adolescente que esperava em frente ao portal a van para ir embora.
Victória conta que ela e a outra garota estavam sozinhas em frente ao colégio e que, por motivos de segurança, tentou convencer a aluna que é autista a esperarem dentro da escola. No mesmo instante apareceu um homem segurando uma bíblia no braço e veio na direção das jovens.
De acordo com a mais velha, o homem se aproximou, perguntando se poderia recitar um versículo da Bíblia para as garotas. “O homem parecia louco e falava como se fosse um psicopata”, disse a vítima. Muito assustada, Victoria conta que entrou em pânico e disse que ligaria para o pai.
Foi então que o suspeito ameaçou a jovem, dizendo que se ligasse para o pai ele voltaria para pegar ela. Logo após o homem ameaçou beijar a moça à força.
Entretanto, o pai da adolescente, Marcos Henrique Magalhães, chegou no local para buscar a filha e, ao saber do ocorrido, ligou para a polícia.
B.O
O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária de Ribeirão Preto, como “não criminal”. De acordo com o delegado responsável, o suspeito não apresentou falas coerentes, aparentando delírios religiosos e ainda não soube dizer qual era o próprio nome. Além disso, informou que não houve “ato libidinoso de conjunção carnal” que justificasse atuar o homem por importunação sexual, conforme o artigo 215-A do Código Penal.
Magalhães, pai de Victória, lamentou o ocorrido e disse que esperam que sejam tomadas medidas cabíveis para deter o suspeito, caso ele volte para a escola e tente atacar a filha.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a Diretoria de Ensino da região de Ribeirão Preto, para saber quais medidas foram tomadas a respeito do caso, e também com a Secretaria de Segurança Pública para entender o motivo pelo qual o caso foi registrado como “não criminal”, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria, que será atualizada caso haja retorno.