Gaeco deflagra “Operação Loki” contra suspeita de fraudes em licitações

Em parceria com o TCE e a PM, 115 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em 11 cidades

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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em parceria com o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (Unidade Regional de Ituverava) e com o apoio da Polícia Militar do Estado de São Paulo (região do Comando de Policiamento do Interior Três – CPI-3), deflagou na manhã desta segunda-feira (16) a Operação Loki, que visa desarticular organização criminosa formada por servidores públicos e empresários, que são responsáveis por fraudar inúmeras licitações da Prefeitura Municipal de Orlândia.

As investigações começaram há mais de um ano, e até o momento foram identificadas fraudes em pelo menos 23 licitações, superfaturamento de contratos, além de irregularidades em ao menos 13 contratações por meio de dispensa e inexibilidade de licitação. As licitações sob investigação somam mais de R$14 milhões.

Dentre os investigados estão diversos funcionários públicos, incluindo secretários municipais, diretores de departamentos, membros da comissão de licitações, engenheiros, advogado, além de empresários.

O nome da operação é uma referência ao deus da mitologia Nórdica, Loki, conhecido como o pai da mentira, da trapaça, da farsa.

Prisões 

Nesta segunda (16) foram cumpridos 115 mandados de busca e apreensão nas cidades de Orlândia, Nuporanga, Sales Oliveira, Morro Agudo, São Joaquim da Barra, Ribeirão Preto, Araraquara, Caraguatatuba, Taubaté, Itanhaém e São Paulo. 

Em Orlândia, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em nove prédios públicos, incluindo a Prefeitura e diversas secretarias (saúde, educação, desenvolvimento e assistência social, infraestrutura), almoxarifado, departamento de licitações, mini hospital e departamento de água e esgoto – DAE.

A execução dos trabalhos contou com a participação de 28 promotores de justiça de diversas regiões do estado, 18 servidores do ministério público, mais de 200 policiais militares, além do helicóptero Águia, três agentes de fiscalização e o Diretor Regional de Ituverava do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

As investigações prosseguirão para delimitar a participação de cada um dos integrantes na organização criminosa, bem como para apurar a prática de crimes como corrupção de agentes públicos, lavagem de dinheiro, cartel, falsificação de documentos, além de outras fraudes em licitações.