Farra das ambulâncias | Homem de 56 anos acusa de agressão trio de funcionários de empresa investigada na CPI

Caso aconteceu no último domingo (7), próximo à sede da própria empresa, no Jardim Sumaré

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Vítima mostrando os ferimentos causados pela agressão sofrida - foto: Eduardo Schiavoni

Um homem de 56 anos afirma ter sido agredido, na noite de ontem deste domingo (7) por um trio de funcionários da empresa SOS Assistência Médica, a mesma investigada pela Polícia Federal e por uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara por conta de um contrato de locação de ambulâncias, no valor de R$ 1,1 milhão, com a prefeitura de Ribeirão Preto. O caso aconteceu no Jardim Sumaré, local onde está localizada a sede da empresa.

Francisco Volker Menghelli, a vítima, conta que tinha ido a uma panificadora da região, por volta das 19h, de moto, quando avistou uma das ambulâncias da empresa. Devido a repercussão da CPI, o homem resolveu seguir o veículo, que voltava para sua base, na avenida Sumaré, 690.

“Eu fiquei esperando sair uma ambulância, hora que saiu eu fui atrás e passamos pela avenida Itatiáia, descemos a Independência, seguimos pela Nove de Julho, subimos a Presidente Vargas mas, na hora que virou e desceu para a Sumaré, na rua que eu moro, os caras vieram de rodinho e pau pra cima de mim, quebraram meu capacete e meu óculos”, afirmou.

Ele conta que foi agredido por três funcionários. “Eu estava em cima da moto, quando percebi eles vieram pra cima com aquelas vassouras que limpam o vidro da ambulância. Tomei porrada de todo jeito, a moto caiu e eu cai junto. No chão, eles continuaram a me bater”, conta.

A Polícia Militar foi chamada ao local, e realizou o registro do caso. Na sequência, Francisco chegou a procurar o Plantão Policial, mas foi informado que a versão dele sobre o caso deveria ser registrada pela internet.

Atendimento médico

Logo depois, ele foi até o Hospital São Paulo, onde foi atendido. Os médicos constataram hematomas no rosto e na região do tórax, causados pelas agressões, segundo a vítima. “Nunca na minha vida apenhei desse jeito. Eu não estava fazendo nada errado, só segui a ambulância pra ver o que eles estavam fazendo”, conta.

Francisco afirmou que toda a ação foi registrada por câmeras de segurança de um posto de gasolina próximo ao local do crime, que pode comprovar toda a agressão e ajudar as investigações. “A polícia vai pegar essas imagens, vai provar tudo que aconteceu”, conta.

Procurada, a SOS Assistência Médica, por meio de uma funcionária, afirmou não poder comentar sobre o assunto, já que a mesma não estava presente no momento do acontecido. Como resposta, foi solicitado um contato da assessoria de imprensa da empresa, mas a funcionária afirmou que o mesmo não existe. Portanto, a empresa ainda não se manifestou oficialmente.