Considerado calmo por amigos, homem que matou namorada em Bonfim é procurado pela polícia

Boato de suicídio foi negado pela Polícia Civil; enterro da vítima ocorreu nesta terça-feira

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Rogério Quelotto e Márcia Mariano, em foto de arquivo - Foto: Redes sociais

Reginaldo Quelotto, 34, suspeito de ter matado a tiros a namorada na noite desta segunda-feira (27), no distrito de Bonfim Paulista ainda está foragido. A informação é da delegada Luciana Renesto, titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Ribeirão Preto, que investiga o caso.

Na manhã de hoje, boatos deram conta que o homem teria se matado, mas a informação não foi confirmada. “Isso não existe”, disse a delegada. 

Segundo informações de amigos do casal, Márcia Mariano, 38, e Reginaldo tiveram um relacionamento por dois anos, mas era tumultuado entre idas e vindas. Até que ela optou pelo término definitivo, porém ele não aceitou.

Amigos contaram que o relacionamento vivia com discordâncias até que ele teve a reação após o término. Eles disseram, ainda, que o suspeito morava com os pais e um irmão e trabalhava como produtor rural. “Ele é um cara calmo, tranquilo, mas não aguentou o fim do relacionamento e acabou cometendo o crime”, disse um amigo, que pediu para não ser identificado. 

Márcia Mariano estava indo para a delegacia no momento do crime, mas não teve tempo. O ex-namorado, que estava perseguindo de moto o carro que ela estava, parou perto da porta e, sem tempo para reação dela, efetuou quatro disparos.

O corpo de Márcia foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) e está sendo velado nesta terça-feira (28), em Bonfim Paulista.

Violência doméstica

O número de casos de violência contra a mulher teve um aumento de 30% no estado de São Paulo durante o período da quarentena, medida adotada pelo governo para evitar a propagação da Covid-19.

De acordo com o Núcleo de Gênero e o Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público de São Paulo (MPSP), no mês de março deste ano, 2.500 medidas protetivas foram decretadas em caráter de urgência. O número de prisões em flagrante devido a casos de violência doméstica aumentou de 177 em fevereiro, para 268 em março.

As delegacias de Defesa da Mulher continuam em funcionamento durante o período de isolamento social.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) criou o projeto “Carta de Mulheres” para auxiliar mulheres em denúncias. A vítima, ou qualquer pessoa que queira ajudar uma mulher vítima de violência, pode acessar o formulário no site TJSP e preencher o formulário.

Equipes em todo o Estado estão especializadas nesse atendimento vão entrar em contato com orientações para que o denunciante encaminhe os relatos os órgãos de Justiça. O sigilo de quem denuncia é garantido.