Adolescente de 15 anos de Franca é alvo de operação por ataques hackers no Brasil e exterior

Operação foi conduzida pela Polícia Federal; caso segue sendo investigado

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Hacker de Franca foi apreendido pela Polícia - Foto: F3 Notícias

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) deflagrou, nesta terça-feira (29), a “Operação Traceable”, que significa “rastreável”, em inglês. O objetivo da ofensiva foi apreender equipamentos eletrônicos (HDs, notebooks, celulares, pendrives) pertencentes a suspeitos da prática de invasão de sistema informático, perturbação/interrupção de serviço telemático e associação criminosa.

A ofensiva desenvolvida pela PC-CE ocorreu em quatro estados do Brasil: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, onde houve atuação contra um adolescente de 15 anos morador de Franca.

O jocem foi apreendido em Franca e vai responder a inquérito. Ele seria o chefe do grupo.

O grupo, que é suspeito de um ataque ao site do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE), também é investigado por ataques a sites de universidades da Ucrânia, em atos pró-Rússia, e sites governamentais da Indonésia.

Detalhes do trabalho policial foram divulgados, em coletiva de imprensa, na sede da Superintendência da Polícia Civil do Ceará, no Centro de Fortaleza (CE).

Investigações

A investigação, coordenada pelo Departamento de Inteligência Policial (DIP) da PC-CE, identificou os membros do grupo responsável pela invasão ao site do Tribunal de Contas do Estado do Ceará, fato ocorrido em novembro de 2021, além de outros “hackers”, que são suspeitos de invadirem várias páginas de órgãos públicos e privados, em todo o país e também fora dele.

Entre os alvos está o hacker responsável pela invasão a sites de universidades ucranianas, fato ocorrido após o início da guerra deflagrada pela Rússia.

O investigado usou sua página em uma rede social para enaltecer o delito, mostrando travar a guerra cibernética ao lado dos russos, e chegou a publicar um tweet em tom sarcástico, com os seguintes dizeres: “avisa ao Zelensky que pegaram o cara errado” (SIC).

O grupo por ele fundado assinou ainda o ataque ao sítio eletrônico de segurança da Indonésia, fato que repercutiu em todo o mundo. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em desfavor dos suspeitos.

A operação contou ainda com o apoio operacional da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais – CORE da PC-CE, e das Polícias Civis dos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.