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Você tem uma reserva de emergência?

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A pandemia fez muita gente rever sua situação financeira. A maior lição que poderíamos tirar ao lidarmos com um cenário assim, totalmente imprevisível, seria a de começar agora mesmo uma reserva de emergência. Em ocasiões inesperadas como essa, que pode desestabilizar nosso orçamento de uma hora para outra, fica evidente a importância de compor esse tipo de reserva antes mesmo de pensar em uma carteira de investimentos.

A reserva de emergência, como o próprio nome já diz, não tem finalidade de ganho de capital ou rentabilidade. Seu objetivo é manter a estabilidade do orçamento frente a um evento inesperado, como por exemplo, perda de emprego, acidente de carro, falecimento de familiares ou problemas de saúde.

Mas como definir o valor ideal da reserva? Não há uma orientação padrão ou fórmula mágica porque cada pessoa tem uma realidade diferente. O grau de estabilidade de sua atividade profissional é um parâmetro a ser considerado. A realidade de um funcionário público concursado é bem diferente de um autônomo, ou empresário. No primeiro exemplo, guardar uma quantia equivalente a três meses de custos mensais pode ser suficiente. Já no segundo cenário, onde o risco da atividade é mais elevado, recomenda-se guardar algo entre dez e doze meses de custos mensais.

A pandemia atingiu em cheio os pequenos negócios. Muitos passaram meses de portas fechadas tentando equilibrar a queda abrupta de receita com o pagamento de salários de funcionários e aluguel. Com certeza, quem possuía uma reserva de emergência nesse momento teve um fôlego maior para se manter de pé.

Lembrando que a reserva de emergência não é investimento, sugiro a você três opções de aplicações praticamente sem risco, e com liquidez imediata, para que você possa resgatar o dinheiro em até no máximo dois dias, no caso de necessidade.

– Títulos do governo. Se você tem uma conta em uma corretora, ou banco comercial, você pode solicitar acesso ao módulo do Tesouro Direto. Nesta modalidade você “empresta” dinheiro para o governo, por meio das LFTs (Letras Financeiras do Tesouro).

– CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) de Liquidez Diária. Neste caso você compra um título emitido pela instituição financeira. É como se fosse fazer um “empréstimo “para o banco. Se você precisar do dinheiro de volta, ele recompra esse título.

– Fundos Indexados ao DI (Depósito Interbancário), que é uma média das taxas negociadas entre os próprios bancos, com taxa de administração próximas a zero. Esses fundos têm rentabilidade muito próxima a Selic, a taxa básica de juros, que está em um nível de 2% ano.

Portanto, planeje agora seus aportes mensais para a sua reserva financeira e durma tranquilo.