Home Notícias Cotidiano Pai Schiavoni e a reeleição de Duarte Nogueira. Quem viver, verá.

Pai Schiavoni e a reeleição de Duarte Nogueira. Quem viver, verá.

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“O bem se faz aos poucos. O mal, de uma vez só” – Nicolau Maquiavel

A frase que inicia estas maltraçadas, da lavra de ensinamentos de Maquiavel, além de linda, está aí posta por um motivo: pretende fazer pensar sobre as ações do alcaide Duarte Nogueira (PSDB), em franca campanha à reeleição.

Primeiro, vamos à realidade: o prefeito Duarte Nogueira não é um primor de carisma. Pode-se dizer que tem semelhanças, no estilo e personalidade, com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Não tem e jamais terá a identificação popular de um Lula ou um Bolsonaro. É aquele político meio chuchu.

Além disso, comprou algumas brigas ingratas, em especial com os servidores. Não se pode dizer que é uma unanimidade. Ao contrário, é extremamente contestado e faz um governo que não tem agradado as bases populares.  Terá, certamente, que encarar esses pontos negativos na campanha.

Por outro lado, tem demonstrado uma estratégia política interessante. Depois de dois anos iniciais de governo com poucos investimentos, abriu o pacote de bondades no terceiro ano de governo e planeja um turbilhão de obras para o último ano. Ou seja, terá uma infinidade de notícias positivas antes e durante o ano eleitoral.

Neste ano, iniciou uma série de recapeamentos na cidade. Pergunte ao morador da Vila Tibério, por exemplo, como estavam as ruas do bairro e como estão hoje. E a tendência é que muitos outros bairros da cidade passem por recapeamento. Eliminar buracos em ano eleitoral é um caminho praticamente certo para o sucesso eleitoral.

Mas não é só. Obras de mobilidade urbana serão finalizadas aos borbotões no ano que vem. E, combalida financeiramente, a prefeitura ensaia reforçar o caixa com empréstimos para investimentos em outras obras. Pode até ser uma temeridade no longo prazo mas, para ganhar uma eleição, é uma excelente sacada.

Nogueira, resumindo, fez o que Welson Gasparini (PSDB) não fez em 2008. Está sabendo fazer o jogo político de quem tem uma eleição para vencer. E, ao contrário de Gasparini, não terá nenhum político altamente popular, papel exercido naquela eleição por Dárcy Vera, para combatê-lo.

Ressalte-se também a mudança na postura de Nogueira, que iniciou o mandato com pouco ou nenhum diálogo com a base de vereadores. Teve derrotas em série, boa parte delas por falta de articulação. Quase três anos depois, conseguiu reverter uma grande desvantagem e fez maioria no Legislativo. Hoje, aprova projetos polêmicos com alguma facilidade.

Alie-se a isso uma oposição histriônica, que pouco faz além de esbravejar, e temos a receita armada para a eleição de Duarte Nogueira.  E, se quer ter chance, a oposição precisa mudar de estratégia urgentemente.

Se pudesse cravar, faltando pouco mais de um ano para a eleição, diria que Nogueira é favoritíssimo à reeleição. Quem viver, verá.