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A Vacina chegou. E agora, mercado?!

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Que o Covid-19 causou muitas mudanças em todos os setores, todos nós sabemos. Essa realidade não foi diferente na economia. Desde o início da pandemia, os mercados financeiros passaram por momentos de intensa instabilidade, com uma queda brusca seguida por um alta vertiginosa nas ações. Cenário este que teve início principalmente pela eclosão do novo Coronavírus.

Durante os meses de fevereiro e março de 2020, por exemplo, as ações da bolsa de valores caíram aproximadamente 50%, seguidas de rápida recuperação dos preços nos meses seguintes. Podemos dizer que essa mudança na dinâmica do mercado deu-se até de forma bem rápida e atribuir essa alteração às expectativas mais positivas que foram aparecendo ao longo do tempo. Neste período, os setores que ganharam as atenções de investidores e se beneficiaram com esse cenário, foram aqueles que já tinham uma forte atuação no mercado on-line, como os aplicativos e Startups. Para se ter uma ideia, as ações da “Zoom” (aplicativo de vídeos chamada), tiveram uma alta de quase 500%. O otimismo nos setores de tecnologia e comércio eletrônico duraram até os meses de outubro e novembro. A partir deste período, com a volta dos investidores estrangeiros para o Brasil, novos setores ganharam destaque, como por exemplo, as ações de bancos e empresas de commodities e materiais básicos.

Os movimentos nos preços dos ativos derivam da expectativa dos investidores em relação às diversas variáveis aos quais o mercado está exposto, como a política, economia, receita das empresas, entre outras. O mercado prefere se antecipar aos dados e pode rapidamente acelerar as perdas ao menor sinal de incerteza ou pessimismo.

Um novo ano chegou e com ele esperança de que a vacina possa nos tirar dessa pandemia que tanto assola nossa convivência e nossa economia. O mercado já embutiu em suas expectativas e começou a enxergar alguma luz no final do túnel desde que quando as farmacêuticas começaram a anunciar seus cronogramas e testes. Ainda não sabemos ao certo quanto tempo esse retorno à `normalidade` irá acontecer, mas conseguimos olhar de forma positiva para essa possibilidade. Baseados nos planos de ação da vacinação, alguns estudos de mercado, acreditam que até meados do segundo semestre de 2021 a engrenagem  econômica já esteja girando de forma mais fluida. Isso fomentará a volta gradual do funcionamento de escolas, bares, restaurantes, viagens, entre outras atividades. O que por consequência reflete em aumento de receita e faturamento das empresas dos setores mais afetados.

A projeção e o resultado esperados ainda são otimistas, porém, para que não tenhamos grandes frustrações, é preciso lembrar que ainda estamos muito no início de um novo ciclo e assim como foi em 2020, precisamos entender aonde essa estória irá nos levar.

Várias incertezas ainda pairam no ar: Será que teremos vacina para todos? Teremos insumos para produção de vacinas? Como será a vida após a vacinação da maioria da população? Enquanto não temos respostas para essas questões, o mercado financeiro continua a vivenciar um ano de volatilidade, com preços se movimentando rapidamente para cima e para baixo, em busca da segurança de tempos mais tranquilos. O mais difícil quando se trata de projeções macroeconômicos e de mercado é precisar quando esses tempos de calmaria virão, mas é certo que esse dia chegará!