Home Notícias Cotidiano Aluizio Nogueira | Ribeirão perde empresário que usou a pandemia para inovar

Aluizio Nogueira | Ribeirão perde empresário que usou a pandemia para inovar

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Aluizio Nogueira | Ribeirão perde empresário que usou a pandemia para inovar
Foto: Cedida pela família
Foto: Cedida pela família

Alegre, contagiante, energizado. É assim que a família e os amigos escolhem se lembrar de Aluizio Antônio Nogueira, 72. Amante da vida e do trabalho, o fundador da Beijo do Sol, marca de biquínis de Ribeirão Preto, faleceu no dia 6 de maio, em decorrência de um câncer de próstata em estágio avançado. Ele deixa esposa, três filhos e seis netos. 

Para a família, ficam as lembranças do pai, esposo e avô que sempre se dedicou para ser a base dos entes queridos. “Ele era a materialização da alegria, onde chegava trazia uma irreverência e mostrava que nada tinha problema, que juntos a gente sempre superaria tudo”, conta Daniela Aguiar, nora de Aluizio Nogueira.

Daniela lembra com carinho da figura marcante que o sogro sempre foi. Fala que ele sempre esteve presente, seja para a esposa, sua “companheira de alma”, para os filhos ou para os netos, por quem Nogueira fazia questão de aprender todas as novas gírias e deixar a idade de lado para aproveitar a vida juntos. “Era o avô que não tinha imagem de velho. Era jovem, gostava de saber das novas gírias,levava para passear e ainda levava para casa para passar os finais de semana”.

Beijo do Sol 

Nem a pandemia da Covid-19 foi capaz de parar a força de vontade de Nogueira, que no ano passado, mesmo em meio ao isolamento, criou uma linha inteira de biquínis sustentáveis e ainda vendeu todo o estoque antes mesmo de o ano acabar. 

Formado em Administração de Empresas e com experiência de 39 anos na área comercial e representação de marcas de lingerie e biquíni, Aluizio Nogueira, uniu sua experiência na área com as mudanças que ocorreram no mercado e assim surgiu a Beijo do Sol. 

A fabricação das peças teve início em agosto de 2020, por meio de uma indústria terceirizada de confecção e vestuário, em Votuporanga, onde foram produzidas 10 mil peças. Com apenas oito funcionários, quatro internos e quatro vendedores, a empresa conseguiu vender toda a produção. Agora a marca vai continuar pelas mãos de sua filha e sócia Érika Nogueira, que já segue com o lançamento da segunda coleção. 

Daniela Aguiar conta que Nogueira deixou um legado de bondade e alegria por onde passou e que a família pretende manter vivo. “O sentimento é um vazio imenso. Para mim, como nora, é como se tivessem colocado o mundo no mudo. Um silêncio estarrecedor. Seguimos agora tocando em frente seu legado de honestidade, alegria, trabalho e amor”.