Ivan está pronto para lutar com a Ponte contra rebaixamento

Na lanterna, a luta do goleiro Ivan na Ponte é contra queda para Série A-2

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Com determinação da Federação Paulista de Futebol e liberação do Governo do Estado de São Paulo, o Campeonato Paulista será retomado dia 22 de julho. Outros detalhes serão debatidos nesta quinta-feira (9/7), em reunião por videoconferência entre os 16 clubes participantes. Para a Ponte Preta, porém, o mais importante já está definido: é preciso que o time esteja preparado para entrar em campo, vencer, escapar do rebaixamento e até se classificar às quartas de final.

A Macaca ocupa a 16ª e última colocação na classificação geral do Campeonato Paulista e está na zona do rebaixamento. Para escapar terá de vencer os seus dois jogos que faltam para encerrar a primeira fase (Novorizontino, em casa; e Mirassol, fora). E torcer por tropeços de dois dos seguintes concorrentes Botafogo, Oeste, Água Santa, Ituano, Inter de Limeira, Corinthians e Ferroviária.

Um detalhe curioso, porém, faz o elenco da Macaca sorrir. Se vencer os seus dois jogos, e a dupla Oeste e Água Santa não vencer nenhum, a Ponte Preta pode se classificar às quartas de final e encarar o Santos.
“Precisamos estar prontos para vencer os dois últimos jogos da primeira fase. Vencer significa não só nos livrarmos do rebaixamento, mas nos classificar. Nosso foco é total nisso. Temos dois jogos difíceis, contra Novorizontino e Mirassol, e queremos vencer para sair da posição incômoda que estamos. E, se Deus permitir, até mesmo sermos premiados pelo esforço e passar à próxima etapa´´, analisou o goleiro Ivan.

O camisa 1 sabe que, após um intervalo de mais de 100 dias sem treinamentos presenciais, o ideal seria ainda um tempo melhor para a preparação física. Contudo, ele ressalta que esse será um fator a ser superado pelo elenco da Ponte Preta.

“Voltamos a treinar em 1º de julho, ou seja, até o dia 22 teremos duas semanas de treinamento.  Não é o ideal porque ficamos parados por três meses, tendo apenas preparação on line. O melhor seriam quatro semanas. Mas isso não cabe à gente e, sim, às autoridades sanitárias. Nós, jogadores, temos que estar preparados, prontos, e é nisso que estamos trabalhando´´, justificou.
Cabeça e coração
Nas últimas semanas, muito se falou no mercado de suposto interesse do Barcelona em Ivan – nenhuma consulta do time espanhol foi realizada à Ponte Preta. O camisa 1 alvinegro também já despertou interesse de times de Portugal, França, Itália e Inglaterra. Mas o jogador conta que está com os pés fincados no chão em relação às especulações sobre o destino.  
“Em primeiro lugar sempre vem o clube que defendo, quero fazer melhor trabalho para atingir os objetivos. O sonho de todo jogador da minha geração é jogar na Europa e sei que só tenho essa visibilidade porque estou na Ponte Preta. Sigo trabalhando forte com meu foco dentro de campo. Minha cabeça e meu coração estão no meu clube´´, afirmou.
Seleção Brasileira
Praticamente certo para defender a Seleção Olímpica do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, que, em virtude da pandemia do coronavírus, foram adiadas para 2021, Ivan mantém viva a esperança de (re) conquistar a posição quando acontecer a competição.

“Vou seguir trabalhando firme para estar apto quando redefinirem os Jogos. Vivo o hoje: graças a Deus sou titular da Ponte, jogo, quero manter minha regularidade e se tudo der certo ser convocado de novo´´, frisou.
Ele destaca que vai se manter preparado para nova oportunidade e reflete ainda sobre os elogios que recebeu de Taffarel, ex-goleiro da Seleção Brasileira e atual preparador da equipe canarinho.

“É privilégio muito grande e me sinto feliz em ouvir elogios não só do Taffarel, mas de toda a mídia. É sinal que estou no caminho certo. A gente colhe o que planta e tento plantar coisas boas, fazer o meu melhor no clube, tanto nos treinos quanto nos jogos. Me doo, amo muito o que faço e tento lidar com tudo isso da forma mais normal possível, mas, é claro, que gera ansiedade. Jogar na Ponte é responsabilidade enorme´´, contou.
“É torcida muito apaixonada e a pressão do goleiro aumenta ainda mais quando se é convocado para a Seleção. As pessoas iam ver o goleiro da Ponte jogar e agora também acabam vendo o goleiro da Seleção. Então busco me preparar cada vez mais nos treinos, para suportar esse tipo de pressão, que é normal no futebol e temos que estar preparados´´, disse.