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“Continuaremos a fazer bom jornalismo”, diz Grupo Thathi após nota oficial da Botafogo SA

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“Continuaremos a fazer bom jornalismo”, diz Grupo Thathi após nota oficial da Botafogo SA

A empresa Botafogo Futebol SA (BFSA) divulgou uma nota pública na qual criticou a matéria, divulgada com exclusividade pelo Portal Thathi, que aponta que a Trexx, empresa de Adalberto Batista, investidor parceiro do Botafogo Futebol Clube (BFC) no empreendimento, é responsável por explorar, sozinha, receitas advindas da comercialização dos espaços onde hoje opera o bar Seu Tibério, bem como onde irá operar o Hard Rock Café e também da venda de bebidas e comida realizadas em todo o Estádio Santa Cruz.

Sobre o assunto, o Grupo Thathi de Comunicação esclarece que:

1 – ) A nota enviada pela empresa BFSA é mentirosa e quer levar o torcedor botafoguense ao erro. A começar pela questão do jornalismo. O Grupo Thathi preza pela liberdade editorial e de divulgação da notícia, não fazendo ou deixando de fazer matérias relevantes por conta de qualquer interesse que não a divulgação de informações relevantes e verdadeiras.

2) – A nota mente ao dizer que não houve procura pelo outro lado. Houve, sim, o que pode ser comprovado por dezenas de ligações telefônicas, contatos pelo whatsapp e contatos presenciais com todas as fontes citadas na matéria. Houve, inclusive, comunicação prévia sobre a forma que a matéria seria elaborada, com sugestão da própria assessoria para que a resposta fosse em uma matéria independente, publicada através de perguntas e respostas.

3) – Talvez a noção de bom jornalismo da empresa BFSA não seja a mesma do Grupo Thathi, na medida em que não é praxe em nossos veículos que deixemos de divulgar matérias relevantes em troca de entrevistas exclusivas, sob condições inclusive da escolha dos entrevistadores, como foi insistentemente sugerido pela assessoria de imprensa da empresa BFSA, que disse, no caso, falar em nome do Adalberto Batista nessa questão.

4) – Assim, para ficar claro, não barganhamos matérias em troca de informação privilegiada ou entrevistas exclusivas, e isso sim está nos manuais de bom jornalismo. Da mesma forma, julgamos ser extremamente relevante a possibilidade de ouvir a empresa BFSA e o investidor, de forma que mantivemos, como ainda mantemos, os microfones, nosso portal, TVs e rádios abertas.

5) – Causa estranheza a tentativa torpe da empresa BFSA de desviar o foco da relevante informação trazida pela matéria: a falta de transparência nos contratos envolvendo a empresa empresa BFSA, Trexx e BFC. São dezenas de depoimentos de conselheiros dizendo que jamais foram informados sobre detalhes do contrato que permaneciam sob o manto do sigilo e da suspeita até serem divulgados pela matéria.

Só isso já credita a matéria como extremamente relevante. Foi capaz, em algumas horas, de fazer com que a empresa BFSA e a Trexx admitissem, por exemplo, a mentira, repetida desde o início da parceria, de que as receitas da empresa BFSA seriam repartidas 60%/40% entre os sócios. Mais que isso, foi capaz de fazer com que a empresa BFSA admitisse, pela primeira vez, quanto supostamente gastou nas obras da Arena Eurobike. Só por isso, já merece elogios.

6) – Os acordos envolvendo a empresa BFSA e a Trexx Engenharia não tiveram anuência do Conselho do Botafogo Futebol Clube. A informação foi confirmada por pelo menos duas dezenas de conselheiros ouvidos pelo Grupo Thathi de Comunicação nesta semana. Por mais que tente, a Trexx e a BFSA não podem modificar ou distorcer essa realidade.

7) – Quanto aos supostos erros da matéria, o Grupo Thathi, e toda a coletividade botafoguense, aguardam, ansiosos, os documentos que comprovem as informações repassadas pela empresa BFSA para, se necessário, fazer as correções devidas, como manda o bom jornalismo. O que ainda não ocorreu, por sinal.

8) – O Grupo Thathi de Comunicação tem certeza que a opinião expressa pela empresa BFSA não é a mesma do Botafogo Futebol Clube nem da comunidade botafoguense. Afinal, como dito pelo presidente do BFC, Dmitri Abreu, “a nota, produzida pelo Departamento de Comunicação da Botafogo Futebol SA, não expressa a opinião do Botafogo Futebol Clube”.

9) – O Grupo Thathi apoia toda e qualquer iniciativa e investimento que busque o engrandecimento do Botafogo Futebol Clube e de sua gente, mas não abre mão da transparência. O Botafogo Futebol Clube é uma instituição centenária, que merece o devido respeito de quem a comanda. Em especial daqueles que chegaram agora a Ribeirão Preto e não conhecem a riqueza e a história do Botafogo Futebol Clube.

10) – Por fim, o Grupo Thathi reitera seu compromisso com o jornalismo ético e a busca incessante da verdade, mesmo que incomode a quem detém o poder, seja ele político ou econômico. Essa premissa norteia o trabalho diário dos nossos jornalistas e assim continuará sendo.

Nota do jornalista Eduardo Schiavoni

1) – A reportagem seguiu todos os padrões do bom jornalismo, inclusive no que tange a procura ativa pelo chamado outro lado. Não só a empresa BFSA foi procurada como também uma série de personagens ligados ao caso em si, entre eles o presidente da empresa BFSA, Gérson Garcia, o presidente do BFC, Dmitri Abreu, e mais de duas dezenas de conselheiros do Botafogo.

2) – O jornalista mantém todas as informações apuradas, e dá-se o direito constitucional de não revelar a fonte das informações. Ressalta, entretanto, que a cópia dos contratos que subsidiaram a matéria não foi proveniente de qualquer fonte ligada à BFSA.

3) – O jornalista considera extremamente ofensiva e desproporcional a nota produzida pela empresa BFSA, mas seguirá atuando firmemente no sentido de trazer à luz da transparências os contratos obscuros que têm marcado a relação entre os investidores e a empresa Botafogo Futebol SA. A injustiça e o vigor das críticas apenas tornam ainda mais intensa a vontade de fazer bom jornalismo.