RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Mãe de cadeirante denuncia falta de acessibilidade para deficientes em escola estadual

Foto: Reprodução

A mãe de Isabella, que é cadeirante, denunciou ao Grupo Thathi a falta de estrutura da Escola Estadual Prof. Sebastião Fernandes Palma em relação a acessibilidade e a dificuldade de matricular a filha devido a sua condição física. 

“Há oito anos, eu estive nesta mesma escola buscando vaga para a Isabella e ela foi rejeitada pelo motivo de que não teria acessibilidade para ela, pois é uma escola que só tem escadas. Fiz o que tinha que ser feito, comuniquei a Promotoria e não deu em nada, a Isabella foi recusada”, disse a mãe. 

Após retornar oito anos depois, a escola ainda apresenta a mesma estrutura sem acessibilidade para cadeirantes e deficientes físicos. “A lei é clara, chegou um aluno deficiente a escola precisa se adequar ao deficiente”, continuou. 

Devido a falta de estrutura, uma supervisora teria tentado encaminhar Isabella para a Escola Estadual Prof. Alcides Correia, localizada no bairro Alto da Boa Vista, mas que não segue com os requisitos da família, já que a mãe trabalha e cria a filha sozinha. 

“Ela [supervisora] queria colocar minha filha no Alcides Correia, que não é o perfil dela, é uma escola que é meio período e eu preciso trabalhar, se as pessoas não sabem eu sou uma mãe solo, eu crio a Isabella desde quando ela nasceu sozinha”, continuou. 

“A escola só serve para os perfeitos? Essa escola é uma escola modelo que só aceita pessoas vulgo normais?”, questionou a mãe, que afirmou ainda ter proposto a elaboração de rampas de madeira, o que também foi negado. 

Outro lado

A Diretoria Regional de Ensino de Ribeirão Preto informa que os alunos da rede estadual são encaminhados às escolas mais próximas de acordo com o endereço fornecido pelos responsáveis, por meio de um sistema digital de geolocalização. Na indisponibilidade de atendimento, os alunos são matriculados na escola mais próxima que tenha capacidade para atendimento.

A aluna em questão está matriculada na Escola Estadual Eugenia Vilhena de Morais, que possui acessibilidade e fica localizada mais próxima ao endereço passado pela responsável. Ainda assim, pedidos de transferência para escolas de preferência podem ser realizados nas próprias unidades e são atendidos havendo disponibilidade. Vale ressaltar que todas as novas escolas estaduais são construídas de acordo com legislação. As demais unidades, a exemplo da EE Sebastião Fernandes Palma, passarão por obras de adequação total de acessibilidade.

O promotor de Justiça Ramon Lopes informou que em 2013 foi instaurado um inquérito civil sobre a falta de acessibilidade em escolas estaduais. O inquérito foi arquivado após a Secretaria Estadual de Educação firmar um termo de acordo para providenciar as reformas necessárias nestas escolas para garantir a acessibilidade.

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS