Injeção de ânimo na economia de Ribeirão Preto é de R$ 700 milhões

Recursos são do 13º salário a serem pagos em duas parcelas, mas especialistas recomendam cautela ao consumidor

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Comércio projeta aumento de 3 a 6% nas vendas do dia das crianças
Calçadão de Ribeirão Preto, um dos principais pontos de comércio da cidade | Foto: Reprodução

A crise econômica agravada com a covid-19 ao longo de 2020 em Ribeirão Preto vai ter uma folga neste final de ano, o primeiro sob os efeitos da pandemia. A injeção de pouco mais de R$ 700 milhões referentes ao 13º na economia local pode proporcionar um crescimento nas vendas do comércio de 5% em novembro e dezembro em comparação com o resto do ano. O volume de recursos não será suficiente, no entanto, para compensar os prejuízos do setor, que teve muitos empreendimentos fechados de forma definitiva.

As estimativas são da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério da Economia. Segundo o diretor de Relações Institucionais, Renan Rocha, em novembro são esperados R$ 409 milhões referentes à primeira parcela do 13º. No pagamento da segunda parcela, em dezembro, são esperados R$ 319 milhões.

Rocha reconhece que nem todo esse recurso vai ser destinado para movimentação do comércio. “Muita gente vai pagar dívidas e guardar dinheiro, o que é saudável”. O professor Edgard Monforte Merlo, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, não só concorda com Rocha, como recomenda o planejamento do uso do 13º.

“É preciso planejar. O consumidor deve retirar 20% do 13º para pagar suas contas, outros 20%, deve guardar para as contas de janeiro, que tem IPVA, IPTU, material escolar, por exemplo, e o restante, se quiser, pode comprar produtos para as festas de final de ano”, recomenda.

Com relação às compras, Rocha diz que nada deve mudar em relação aos anos anteriores. “Os segmentos de eletroeletrônicos, roupas e brinquedos devem ser os campeões de venda”, afirma. Mas ele acredita também que o segmento de alimentos vai ter uma atenção especial do consumidor este ano devido aos preços dos produtos acima da média.