Pandemia de Covid-19 pode acabar em abril, diz médico professor da Johns Hopkins

Sobre os casos de Covid-19 no país norte-americano, o especialista também defende que a imunidade coletiva já reflete no número de casos no país

Marty Makary/Foto: reprodução YouTube

Imagine retornar à vida normal em abril deste ano, ou seja, daqui a pouco menos de dois meses. Essa tese é levantada pelo professor na Escola de Medicina e na Escola de Saúde Pública da universidade Universidade Johns Hopkins, Marty Makary. O médico cirurgião disse que, a exemplo de Manaus, a imunidade natural adquirida após contrair a doença pode levar a diminuição dos casos e acabar com a propagação do coronavírus. 

“A imunidade do rebanho foi bem documentada na cidade brasileira de Manaus, onde pesquisadores do Lancet relataram que a prevalência de infecção anterior por Covid-19 era de 76%, resultando em uma redução significativa da infecção. Os médicos estão observando uma nova cepa que ameaça escapar da imunidade anterior. Mas os países onde surgiram novas variantes, como Reino Unido, África do Sul e Brasil, também estão observando quedas significativas nos novos casos diários”, escreveu o médico em artigo no Wall Street Journal publicado nesta semana.

“Minha previsão de que a Covid-19 praticamente desaparecerá em abril nos EUA baseia-se em dados de laboratório, dados matemáticos, literatura publicada e conversas com especialistas. Mas também se baseia na observação direta de como os testes têm sido difíceis de obter, especialmente para os pobres”, explicou o especialista.

Sobre os casos de Covid-19 no país norte-americano, o especialista também defende que a imunidade coletiva já reflete no número de casos no país. “O comportamento não melhorou repentinamente durante as férias. Os americanos viajaram mais no Natal do que desde março. As vacinas também não explicam a queda acentuada em janeiro. As taxas de vacinação eram baixas e levam semanas para fazer efeito”, diz Makarky no artigo.

Escolas

A volta às aulas é defendida pelo especialista, não pela segurança quanto ao Covid-19, mas pelos efeitos das restrições em tempo prolongado. “À medida que incentivamos todos a tomar a vacina, também precisamos reabrir escolas e a sociedade para limitar os danos de fechamentos e isolamento prolongado. O planejamento de contingência para uma economia aberta até abril pode trazer esperança para aqueles que estão em desespero e para aqueles que fizeram grandes sacrifícios pessoais”. 

Segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, o mundo tem 110.903.820 milhões de casos da doença e 2.456.069 milhões de mortes. Os Estados Unidos são o país o que lidera as listas de casos e de óbitos em decorrências da Covid – 19.

Informações: O Tempo

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