Vídeo | Homem que teve pescoço cortado por cabo da CPFL entra na Justiça por indenização

Vítima teve que ser internada e teve moto danificada; segundo advogado, empresa deixou de garantir a segurança da população

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Vítima teve pescoço cortado e sofreu escoliações na queda - Foto: Acervo Pessoal

A CPFL está sendo processada por um técnico de informática que quase teve o pescoço degolado em um acidente de moto em Ribeirão Preto. O homem colidiu com um cabo de energia elétrica que estava pendurado na rua enquanto dirigia sua moto. O homem pede indenização por danos morais e materiais e o valor da causa se aproxima de R$ 60 mil.

De acordo com o relato da vítima, um homem de 26 anos, ele trafegava, em 20 de julho, com sua moto pela rua Amazonas, altura do 530 e, ao passar pelo cruzamento com a rua Marques de Pombal, acabou colidindo, na altura do pescoço, com um cabo que estava pendurado entre os postes. Foi feito um boletim de ocorrência sobre o assunto.

O acidente aconteceu pouco depois do meio dia e o homem teve um corte profundo no pescoço e também teve escoriações nos braços causadas ao cair da motocicleta. Por alguns centímetros, não teve o pescoço degolado.

“Eu estava andando pelo meio da rua, e esse cabo pendurado causou meu acidente. Quando percebi, estava no chão, com o pescoço cortado”, disse a vítima, que não será identificada na matéria.

Com a queda, a motocicleta ficou destruída, e o homem foi socorrido pelo Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) e teve que ficar cinco dias internado no Hospital São Lucas, de Ribeirão Preto, em recuperação.

Ação

Na ação, que corre na segunda vara civil da cidade, a P16 Telecom, que presta serviços à CPFL, também responde como ré. O homem argumenta que a CPFL falhou em sua missão de garantir a segurança das pessoas e que, por isso, tem que ser penalizada. A vítima cobra indenização de 30 salários mínimos (R$ 33 mil), além de ressarcimento dos prejuízos e indenização pelo tempo que ele ficou sem trabalhar.

“Verifica-se que ambas as requeridas deixaram de promover em suas instalações as ações de segurança que a lei lhe impõe, sendo omissa na manutenção ou sinalização, causando da danos a terceiros e risco de morte real à população”, diz o advogado Thiago Coletto, que representa a vítima, no pedido feito à Justiça.

Outro lado

Procurada, nem a CPFL nem a P16 se manifestaram sobre o assunto até o fechamento da matéria. Assim que o fizerem, o texto será atualizado.

O caso ainda não foi julgado pela Justiça de Ribeirão. Não há prazo para que isso ocorra, mas a tendência é que a decisão seja proferida ainda em 2021.