Polícia Civil investiga flagrante de crianças amarradas em abrigo da prefeitura em cidade da região

Imagem ilustrativa - Foto: PixaBay.

A Polícia Civil investiga um caso envolvendo dois irmãos, de seis e dez anos, que foram flagrados por conselheiras tutelares com as mãos e os pés amarrados por um pano em um abrigo da Prefeitura da cidade de Ituverava (SP), localizada a 102 quilômetros de Ribeirão Preto.

Um boletim de ocorrência foi registrado como maus-tratos e o Ministério Público também foi acionado. Segundo o documento, as conselheiras foram à Casa Abrigo Benedita de Freitas Matos, no bairro Jardim Marajoara, na última terça-feira (29) a pedido de funcionários da instituição alegando que as crianças envolvidas estavam brigando.

No local, as conselheiras encontraram a criança mais nova dentro de uma ambulância do Samu, com as mãos amarradas para trás, agitada e chorando. Dentro do abrigo, funcionárias também estavam amarrando a mão e os pés do outro garoto.

Mara Aguiar Galdiano, conselheira tutelar que esteve no local no dia do flagrante, perguntou para uma psicóloga do abrigo o que estava acontecendo, e foi informada que houve um pedido para conter as crianças, que estavam brigando. Ambos os garotos foram levados à Santa Casa de Ituverava e, no hospital, a profissional conversou com um deles para entender a situação.

“O maiorzinho explicou, do modo dele. Ele falou: ‘Tia, meu irmãozinho estava dando muito trabalho, porque ele tem crise de choro. Eu fiquei preocupado e fui atrás. Cheguei lá, estavam amarrando ele e eu fiquei tão preocupado, que queria tirar as amarras. Comecei a me debater. Eles me tiraram do quarto e começaram a me amarrar’”, afirmou a conselheira ao portal de notícias G1.

Após uma apuração, foi concluído que o mesmo tipo de confusão ocorreu outras vezes na instituição. Segundo a Polícia Civil, os meninos passaram por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).

A Prefeitura de Ituverava, que é responsável pelo abrigo, informou que os funcionários do turno em que aconteceu o fato foram afastados e as crianças foram encaminhadas à outra instituição. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

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