A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), após realizar testes em coletas de água no ribeirão Preto, concluiu, na manhã desta terça-feira (28), que a substância vermelha, que tingiu as águas do curso d´agua nesta segunda-feira (27), não causou nenhum dano ambiental significativo no ecossistema aquático.
Ainda assim, a origem da ocorrência ainda segue desconhecida. Segundo a Cetesb, a área de abrangência é extensa, o que dificulta a investigação.
A Companhia Ambiental informou que continuará investigando o fato, procurando identificar a origem do lançamento de substância irregular no afluente.
Análise
O biólogo Diego Nahas, formado pela Faculdade de Ciências Biológicas da USP de Ribeirão Preto, informou ao Grupo Thathi que a causa do avermelhamento da água pode estar relacionada ao assoreamento, excesso de ferro na água, despejo de nutrientes que estimulam a proliferação de algas ou até uma substância tóxica.
Nahas ainda ressalta que é necessário uma análise criteriosa da água para ter a real dimensão do problema.
Histórico
Uma mancha vermelha tomou conta da água do ribeirão Preto, localizado na via norte, na tarde desta segunda-feira (27). A coloração não resultou em mortes de peixes e, segundo informações, a coloração não tem odor.
O caso foi registrado por moradores da cidade e divulgado pelo Portal Thathi ontem.
Córrego ou ribeirão?
A notícia sobre as águas vermelhas do ribeirão Preto viralizou nas redes sociais e na imprensa. Com a intensa repercussão, surgiu a dúvida sobre a nomemclatura do curso d´água. Pode parecer esquisito, já que o nome da cidade é Ribeirão Preto, mas o curso de água que ficou com as águas avermelhadas é um ribeirão, cujo nome é Preto.
O ribeirão Preto vem de Cravinhos e recebe, nas proximidades da Câmara, as águas do córrego Laureano. Pouco abaixo, na Jerônimo Gnçalves, é o córrego Retiro Saudoso que desemboca nele. Passando pela Via Norte, local onde as águas ficaram vermelhas, ele segue até o rio Pardo, onde desagua.
Segundo Antonio Carlos Zuffo, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e especialista em recursos hídricos, há uma hierarquia entre os cursos de água. “Muita gente usa como sinônimo, mas não são a mesma coisa. O Ribeirão geralmente é um curso d’água menor. O ribeirão é menor que um rio, geralmente águas de alguns afluentes, e desemboca em um rio. Já o córrego é menor”, salienta.
Confira a classificação dos cursos de água:
Rio: É um curso de água natural, que possui um grande volume de água.
Ribeirão: É um curso de água maior que um riacho e um córrego, mas é menor que um rio.
Córrego: É um rio em menor escala, que pode desaguar em outro córrego, ribeirão, rio ou um lago.
Riacho: É caracterizado riacho todo fluxo de água pequeno e afluente, que percorre um grande curso.