Lixo retirado de casa de acumuladora chega a dez caminhões

Família recebe auxílio da administração municipal; casa será mobiliada com a ajuda de doações

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Prefeitura retira lixo da casa de acumuladores - Foto: Alexandre de Azevedo/Prefeitura de Ribeirão

Dez caminhões. Esse é o total de lixo retirado, até o momento, da casa de uma idosa na rua Brasílio Machado Neto, no Jardim Marchesi, região Oeste da cidade. Na residência habitam uma idosa de 73 anos e seu filho, de 22. O lixo foi acumulado em mais de dez anos e a dona da casa tem transtorno psicológico. A família receberá ajuda.

Conforme matéria publicada ontem pelo Grupo Thathi, entre os objetos encontrados e retirados no domicílio encontram-se lixo, entulho, garrafas, latas, roupas, móveis quebrados e outros objetivos.

De acordo com Kelly Cristina da Silva, do Comitê de Atenção às Pessoas em Situação de Acumulação, a idosa sofre com Síndrome de Diógenes. “É uma doença que leva a acumulação. Já conhecemos o caso dela e ela passa por atendimento”, conta.

Segundo Kelly, o jovem declarou que já tentou ajudar a mãe, mas desistiu. “Na verdade, ele não conseguia conter a mãe. Ela não tem noção de higiene, chega a comer as coisas do chão. Encontramos ratos, baratas, escorpiões, é uma condição muito triste”, disse.

Descarte

Kelly explicou ainda que todo o material retirado foi descartado e que a casa será reformada e mobiliada através de doações. A Assistência Social fará visitas frequentes para impedir que a acumulação volte a ocorrer.

“Solicitamos à população que colabore com a doação de móveis, eletrodomésticos, utensílios de casa e telhas Eternit, porque tudo aqui precisou ser descartado. Os doadores podem entrar em contato com o Fundo Social de Solidariedade, pelo telefone 3625-7194”, informa Kelly.

Programa

A ação integra o trabalho do Comitê de Atenção às Pessoas em Situação de Acumulação, criado em agosto e que reúne profissionais de várias secretarias da administração de Ribeirão, incluindo Assistência Social, Saúde, Meio Ambiente e Infraestrutura.

O grupo atende pessoas através de denúncias e oferece atendimento multidisciplinar. No total, de acordo com a prefeitura, pelo menos cem acumuladores já foram identificados e estão sendo atendidos pelo Comitê.