Homem é preso ao reaproveitar carne podre e vendê-la a comerciantes em Sertãozinho

Guarda apreendeu 120 quilos de carne imprópria para o consumo; Polícia Civil investiga o caso

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Carne podre era curtida ao sol em canavial de Sertãozinho - Foto: Reprodução

Um homem foi preso, no sábado, em Sertãozinho, depois de admitir preparar e vender carne estragada a comerciantes da cidade. Ele se aproveitava de restos de carme, já deteriorada, descartados por supermercados da cidade e preparava o alimento em um canavial da cidade. A Polícia Civil apura, agora, quem eram os receptadores e se havia mais gente participando do esquema.

Ao ser questionado por guardas municipais, o homem admitiu que coletava o material e levava para o canavial. Lá, temperava a carne podre com sal e deixa curtir. Depois, vendia em bares da periferia, separando o alimento em pacotes de um ou cinco quilos. Ele cobrava R$ 5 por quilo do alimento.

No canavial, a polícia apreendeu 120 quilos de carne imprópria para o consumo. As carnes ficavam em estruturas de colchões de mola, cobertos com uma lona, onde secavam. A apreensão, conduzida por guardas municipais, foi filmada.

Esquema

Segundo o suspeito, em vídeo gravado pela Guarda, o esquema acontecia há algum tempo.  “Nós pega normal no mercado e traz escondido. O mercado acha que nós vai descartar. É descarte, carne verde, ela vem verde. Carne que não tem como resolver, para jogar fora”, afirmou o suspeito, aos guardas.

O suspeito foi levado à delegacia e depois à cadeia de Pradópolis, onde deve permanecer preso. Ele deve responder por crime contra as relações de consumo, que tem pena de até cinco anos, e pode ainda responder por crime contra a saúde pública, tipo penal que é punido com até oito anos de reclusão.

Veja o vídeo aqui:

Apuração

O caso foi registrado no Plantão Policial da cidade e sará investigado pela Polícia Civil. A instituição informou que fará diligências a bares da cidade para verificar quem foram os receptadores da mercadoria.

Também será investigado se houve participação de algum funcionário dos mercados da cidade no acesso do homem ‘à carne.

“O esquema não é novo, ele mesmo admitiu que vinha fazendo isso há algum tempo. Não sabemos quanto de carne ele processou e vendeu”, disse o comandante da Guarda Civil, Thiago Carvalho dos Santos.