Alunos de escola pública fazem curso para se tornarem adestradores de cães mirins

Projeto reúne 60 alunos e vai até o fim do ano; 60 alunos fazem parte da ação

0
12
Enzo com Ragna, um dos cães que serão adestrados por meio do projeto

Crianças de 8 a 12 anos, estudantes de escolas públicas de Ribeirão Preto, Sertãozinho, Pradópolis e Jaboticabal, foram selecionadas para integrar um projeto do Canil do Comando de Policiamento do Interior da Polícia Militar. Por meio de um concurso de redação que abordava a importância dos cães na vida das pessoas, 60 crianças foram escolhidas para a iniciativa que propõe formar adestradores mirins de cachorros. A ação está em andamento desde abril e será finalizada em dezembro deste ano.

Todos os sábados, os participantes recebem noções de civismo, disciplina e adestramento dos cães. Os cães são dos adestradores mirins e passaram por avaliação de critérios para participarem do projeto. A subtenente Sandra Gardenghi, que integra o projeto, ressalta que a integração com os animais ajuda no desenvolvimento dos estudantes. “Vai muito além do adestramento. Os pais nos falam diretamente que essas crianças mudaram o comportamento em casa, estão mais responsáveis. Além das nossas exigências, tem que ter uma boa postura na escola, boas notas, isso tudo é um conjunto de incentivos que impulsionam o desenvolvimento dos pequenos”, afirma.

O curso tem o apoio da Ourofino Saúde Animal,  que ofereceu vermífugo e antipulgas aos pets. “Um dos nossos pilares é Envolver e Colaborar com a evolução da nossa comunidade, seguindo o propósito de reimaginar a saúde animal. Por isso a Ourofino é patrocinadora e apoiadora número um do projeto Adestrador Mirim”, afirma Ana Clara Rossetto, analista de sustentabilidade da empresa.

Engajamento

Para Jean Junot do Nascimento, pai do Enzo, um dos adestradores-mirins, o programa que traz noções do que é ter disciplina e integração com os animais e as pessoas. “O canil está fazendo de uma forma maravilhosa, a gente vê as crianças com vontade de acordar cedo, motivadas e ainda tendo uma mudança de atitude no decorrer dos encontros.”

Fabiana Tasca, mãe do participante Cauã, compartilha da mesma visão positiva sobre o projeto. “Agora, as crianças cuidam dos cachorros e ficam menos ansiosas. Elas têm as regras de militares, até processos para transporte, ida e vinda, isso modifica a postura.”

As crianças, por sua vez, também se mostram engajadas. “O que eu mais gosto do programa é que minha cachorra aprendeu a se comportar mais em casa. Aprendeu a dar a pata, sentar, coisas que ela não conseguia antes”, conta Grazielle Pereira. Já Isabela dos Reis diz que gosta de fazer os percursos: “Assim consigo ensinar mais do que minha cachorra sabe; graças ao projeto, agora ela espera a ordem”.