Neste Halloween, teremos uma rara Lua Azul

Mas ela não é o que você pensa

Pixabay

Durante o Halloween de 2020, um evento raro poderá ser apreciado no céu: a Lua Azul, um fenômeno que só acontece a cada 2,5 anos. Não, ela não ficará azulada: é uma Lua cheia como qualquer outra, com a cor de sempre, só que será a segunda lua cheia em um único mês. O normal é que cada mês tenha apenas uma lua cheia. Então, Lua Azul nada mais é do que o nome da segunda Lua cheia que aparece no céu em um mesmo mês.

O ciclo lunar (período no qual ocorrem todas as fases da Lua) leva 29,5 dias ou mais para se completar. Por isso, em um mês com 30 dias, há tempo apenas para que as quatro fases — nova, crescente, cheia e minguante — aconteça apenas uma vez. Entretanto, há casos relativamente raros em que um mês de 31 dias consiga nos brindar com duas luas cheias.
Para que isso aconteça, é necessário que a primeira Lua Cheia ocorra no primeiro ou segundo dia do mês, e este mês precisa ter 31 dias. Como a primeira Lua Cheia deste mês acontece no dia 1º, seremos brindados com este fenômeno neste sábado, 31.

Por que a próxima Lua Azul é ainda mais especial?

Há algo que torna esta Lua Azul ainda mais rara. É que é muito raro vê-la no dia de Heloween! A última vez que isso aconteceu, foi em 2001, e só acontecerá novamente em 2039. Pode não ser nada extraordinário, mas certamente uma Lua Cheia durante o “Dia das Bruxas” será ótimo não apenas para os observadores do céu, como também para os que gostam de celebrar a data com um toque especial para adicionar um clima ainda mais propício para estimular a imaginação.

Outra curiosidade que torna este evento ainda mais especial, é que esta é a primeira vez em que a Lua Azul será visível na maior parte do mundo em quase 75 anos. Além disso, você também poderá ver Marte pertinho do nosso satélite natural, caso o céu noturno esteja livre de nuvens na sua região.
Por fim, a Lua Cheia do Halloween deste ano também será uma “microlua”, que é quando ela está próxima de seu ponto orbital mais distante da Terra. Neste sábado, ela estará a 406.394 km de distância, e ficará ligeiramente menor. Mas não espere notar uma diferença muito significativa no céu — ficará algo em torno de 10% menor, e provavelmente você não notará nada de estranho.

De onde veio esse nome?

Por ser um evento raro, recebeu o nome de Lua Azul, que vem da expressão popular em inglês “once in a blue moon”, que significa “muito raramente” ou “de vez em quando”. Pois é, o nome desta lua é apenas uma metáfora para dizer que se trata de um evento que não ocorre o tempo todo.

Na verdade, o termo era usado anteriormente para se referir à terceira Lua Cheia em uma estação do ano contendo quatro delas (ao invés de três, que é o mais comum de acontecer). Essa deficição foi estabelecida na década de 1930 pelo Maine Farmer’s Almanac (uma publicação anual que desde 1818 fornece informações sobre eventos como este nos EUA e Canadá). Em 1946, a revista Sky & Telescope publicou um artigo intitulado “Uma vez em uma lua azul”, na qual o autor James Hugh Pruett citou o almanaque do Maine com uma interpretação errada, dizendo que “a segunda (Lua Cheia) em um mês, como eu interpreto, é chamada de Lua Azul”.

A revista Sky & Telescope reconheceu o erro em uma edição de 1999, e sua editora Diana Hannikainen afirma que o termo foi “na verdade uma bobagem do calendário que apareceu nas páginas da Sky & Telescope em março de 1946 e se espalhou para o mundo a partir daí”. Bem, bobagem ou não, o fato é que o termo e a nova definição se popularizaram tanto que caíram nas graças da cultura popular, inspirando livros, filmes e músicas como a canção Blue Moon, composta em 1934 por Richard Rogers e Lorenz Hart, e interpretada por inúmeros artistas como Elvis Presley e Frank Sinatra.

Seja como for, independente de qual definição você utilize, será algo raro. Usando a definição moderna, teremos que esperar até agosto de 2023 para a próxima Lua Azul após esta.

Fonte: Space.com, Sky & Telescope

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