Uma criança morreu depois de ser infectada com por uma ameba “comedora de cérebro”, em uma fonte aquática recreativa do condado de Arlington, no Texas, nos Estados Unidos. A informação foi confirmada pelas autoridades nesta segunda-feira (27).
De acordo com um comunicado à imprensa, divulgado pelo Departamento de Saúde Pública do Condado de Tarrant e da cidade de Arlington, a criança – que não teve a identidade divulgada – foi hospitalizada no dia 5 de setembro, com suspeita de meningoencefalite amebiana primária.
A doença é uma espécie de infecção rara causada pela ameba “Naegleria fowleri” e costuma ser fatal. E, neste caso, foi. Segundo as autoridades, a criança morreu no dia 11 de setembro, porém nenhum outro detalhe foi divulgado.
Ameba “comedora de cérebro”
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a ameba Naegleria fowleri pode ser encontrada no solo e também em água doce quente, como lagos, rios e fontes termais. O organismo pode ainda estar presente em piscinas mal conservadas ou sem cloro.
Ainda segundo o CDC, a infecção pode ocorrer por meio do contato do indivíduo com a água contaminada. A ameba costuma entrar no organismo humano pelo nariz e então sobe até o cérebro, onde destrói os tecidos.
O Centro diz ainda que são necessários cinco dias após a infecção para que os primeiros sintomas da meningoencefalite amebiana primária apareçam.
Investigação
Após as autoridades da cidade e do condado terem sido notificadas, no dia 5 de setembro, sobre o estado da criança, o Departamento de Saúde abriu uma investigação para averiguar a fonte da exposição à ameba.
Inicialmente, o Departamento determinou que a criança poderia ter se infectado em casa, no condado de Tarrant, ou na fonte do Don Misenheimer Park em Arlington. Devido às suspeitas, a cidade fechou o ponto recreativo e outras três fontes públicas pelo resto do ano.
No dia 24 de setembro, o CDC informou que a criança, provavelmente, foi exposta após entrar em contato com os respingos da água do parque, enquanto brincava na fonte. Análises confirmaram a presença da ameba Naegleria fowleri ativa em amostras de água do local.
De acordo com o comunicado, a investigação descobriu lacunas no programa de inspeção diária da água do parque. Os resultados mostraram que os funcionários não registraram – em alguns casos sequer fizeram – os testes de qualidade da água, necessários para a abertura dos pontos recreativos.
“Essas lacunas resultaram no não cumprimento de nossos padrões de manutenção. Todas as fontes permanecerão fechadas até que tenhamos a garantia de que nossos sistemas estão operando como deveriam, e confirmamos um protocolo de manutenção consistente com a cidade, condado e padrões estaduais”, disse o vice-gerente da cidade, Lemuel Randolph, no comunicado à imprensa.
Com informações da CNN