Congresso analisa essa semana veto ao aumento do Fundão Eleitoral

Veto já estava em pauta na sessão conjunta desta segunda-feira (27), mas o colégio de líderes da Câmara decidiu adiá-lo para o próximo encontro, em razão da complexidade do tema

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A cúpula menor, voltada para baixo, abriga o Plenário do Senado Federal. A cúpula maior, voltada para cima, abriga o Plenário da Câmara dos Deputados Foto: Agência Brasil

O Congresso Nacional analisa, nesta semana, os vetos do presidente Jair Bolsonaro à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), em especial o que barrou o aumento do Fundão Eleitoral. Pelo projeto originalmente aprovado em julho por deputados e senadores, o valor poderia chegar a quase R$ 6 bilhões nas eleições de 2022.

O veto já estava em pauta na sessão conjunta desta segunda-feira (27), mas o colégio de líderes da Câmara decidiu adiá-lo para o próximo encontro, em razão da complexidade do tema.

Em Ribeirão Preto, campanha conjunta de oito entidades representativas, coordenada pelo Instituto Ribeirão 2030, está acompanhando o posicionamento dos 20 deputados federais mais votados na cidade.

Entre os parlamentares eleitos com mais votos dos ribeirão-pretanos, Ricardo Silva, Eduardo Bolsonaro, Joice Hasselmann, Kim Kataguiri, Tabata Amaral, Sâmia Bonfim, Ivan Valente, Vinicius Poit, Arnaldo Jardim, Alexandre Frota, Luiz P.O Bragança e Carlos Sampaio já manifestaram serem contrários ao aumento do fundão.

Em ofício enviado ao Instituto Ribeirão 2030, Ricardo Silva afirmou que votou favoravelmente à LDO, em julho, pois o projeto tratava dos “investimentos para o Brasil”. Sobre o financiamento das campanhas, que estava incluso na LDO, alegou que o valor de R$ 6 bilhões é “um absurdo” e garantiu que irá atuar para manter o veto do presidente, defendo que “os atuais valores sejam divididos obedecendo a critérios técnicos, transparentes e não apenas por decisões de caciques partidários”.

Já os deputados Baleia Rossi, Tiririca, Roberto Alves, Capitão Augusto, Marco Feliciano, Katia Sastre, Celso Russomano e David Soares não responderam ao ofício da campanha das entidades, e não foi localizado posicionamento dos mesmos em suas redes sociais.

“A sociedade civil de Ribeirão Preto está dando um claro recado que não aceita o aumento do Fundão Eleitoral, principalmente em meio a tantas prioridades decorrentes da pandemia, em especial investimentos na educação para repor as perdas dos alunos privados da sala de aula”, afirmou, em nota o Instituto 2030.

A campanha também é realizada pela Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), Aescon-RP (Associação das Empresas de Serviços Contábeis de Ribeirão Preto e Região); Assilcon (Associação das Incorporadoras, Loteadoras e Construtoras de Ribeirão Preto) CDL-RP (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Ribeirão Preto); CIESP-RP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, Observatório Social de Ribeirão Preto e Sincovarp (Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto).