Ciência admite o tratamento precoce contra covid-19; o problema está no preço dos remédios

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Países da Europa, Ásia e mesmo os Estados Unidos já estão colocando em prática o uso de antigripais como remédios para tratamento precoce da covid-19. Esses fármacos foram aprovados em seus países, mas ainda estão distantes da realidade brasileira. São eles: remdesivir, da Gilead Sciences; o paxlovid, da Pfizer e molnupiravir, da MSD. Dos três, apenas o remdesivir foi aprovado pela Anvisa. Seu uso, contudo, restringe-se ao ambiente hospitalar, já que sua aplicação, em dose única, é intravenosa (na veia). Em atitude polêmica, no entanto, a OMS desaconselha esse fármaco, alegando que falta uma comprovação científica de sua eficácia. Um estudo publicado no dia 22 de dezembro do ano passado, no jornal The New England Journal of Medicine mostrou que, quando usado nos primeiros dias de contágio da doença, houve uma redução de 87% na hospitalização e mortes de pacientes. Apesar da aprovação pela Anvisa e dos dados expostos, a decisão do Ministério da Saúde, na época, foi a de não incorporar o remédio no SUS.

O paxlovid e o molnupiravir são comprimidos, o que facilita a aplicação, já que podem ser tomados em casa, fora do ambiente hospitalar. Esses antivirais possuem uma eficácia de 70% dos casos. Seu uso está indicado, preferencialmente, às pessoas que apresentam alta vulnerabilidade como idosos, obesos, portadores de doenças cardíacas, pulmonares e renais. Por não terem sido aprovados ainda pela Anvisa, e depois pela dificuldade de incorporação ao SUS devido ao alto custo de tratamento, esses remédios estão longe do público brasileiro. As farmacêuticas Pifzer e MSD, detentoras das patentes do paxlovid e molnupiravir, respectivamente, abriram negociações com o governo brasileiro e buscam uma saída exequível para o impasse.

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