Brasileiros são presos em carroceria de caminhão na fronteira entre EUA e México

Os clandestinos tentavam entrar ilegalmente em território norte-americano por Sierra Blanca, no Texas

Reprodução

Os agentes do Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteira, no Texas, encontraram 49 imigrantes ilegais dentro da carroceria de um caminhão. Havia brasileiros no grupo, mas o número exato não foi divulgado.

O flagrante ocorreu na qunta-feira (16) mas foi comunicado pelas autoridades norte-americanas na última terça-feira (23). Além de brasileiros, havia pessoas do Equador, El Salvador, Honduras, Guatemala, México e Peru escondidos no caminhão.


O veículo foi interceptado durante uma operação no posto de controle de imigração, em Sierra Blanca, no Texas. “Os agentes abriram as portas do trailer e observaram vários migrantes sem documentos na área de carga”, informou o órgão de controle de fronteira dos EUA.

Os agentes foram capazes de identificar positivamente um grande esquema de contrabando, salvando vários indivíduos de uma situação potencialmente perigosa.

O motorista do caminhão possuía visto americano. Ele foi entregue à polícia e responderá na Justiça. Todos os imigrantes sem documentos foram avaliados clinicamente e também serão processados.

A busca por um futuro melhor no Estados Unidos resultou na morte de uma brasileira. Em 15 de setembro, o corpo de Lenilda Oliveira dos Santos foi localizado por uma patrulha norte-americana perto da cidade de Deming, no Novo México.

Ela tentava atravessar a fronteira ilegalmente com um grupo de amigos, mas foi abandonada no caminho e provavelmente morreu de sede e fome.

Lenilda atravessou ilegalmente a fronteira entre México e Estados Unidos. Ela estava viajando com alguns conhecidos de Vale do Paraíso, em Rondônia, onde morava antes de tentar a travessia. O grupo também estaria com um “coiote”. Durante a caminhada, Lenilda começou a ficar desidratada e não conseguiu continuar. Ela acabou abandonada pelos colegas e pelo “guia”.


Irmão da vítima, Moizaniel Pereira de Oliveira, 46, disse que Lenilda morreu rastejando para chegar a uma pedra, onde provavelmente buscaria se encostar e sombra.

Enquanto esteve sozinha, Lenilda enviou áudios para a família. Nas mensagens, ela tentava mostrar otimismo e acreditava que seus colegas voltariam para buscá-la, conforme prometeram. Mas sua voz demonstrava que estava debilitada. “Eu estou escondida. Manda ela trazer uma água para mim, porque não estou aguentando de sede”, diz em uma das mensagens.

Informações: O GLOBO

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