Líder de organização criminosa que desviava dinheiro da saúde é condenado a mais de 200 anos de prisão

A operação Raio-X foi iniciada no ano passado com a intenção de investigar um possível caso de desvio de dinheiro

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A Justiça de Birigui (SP) proferiu a primeira sentença relativa ao processo contra denunciados da Operação Raio-X. A ação foi deflagrada pela Polícia Civil de Araçatuba (SP) em setembro do ano passado contra suposta organização criminosa que desviava dinheiro público da área da Saúde por meio de Organizações Sociais (OSSs).

Assim como em Penápolis (SP), o processo foi desmembrado e inicialmente foram julgados os dois principais réus no processo. O médico anestesista Cleudson Garcia Montali, apontado como líder do esquema criminoso, foi condenado a 96 anos, 4 meses e 13 dias de prisão regime fechado. Como ele já havia sido condenado pela Justiça de Penápolis, somadas, as penas ultrapassam 200 anos de cadeia.

Já o médico Lauro Henrique Fusco Marinho, considerado braço direito de Cleudson na organização criminosa, foi condenado a 46 anos, 4 meses e 10 dias de prisão, também em regime inicial fechado. Os dois ainda respondem a outros processos também relacionadas à Operação Raio-X, entre eles em Carapicuíba e no Estado do Pará. Naquele estado a Operação foi deflagrada pela Polícia Federal, por suspeita de envolvimento de membros do governo estadual.

A sentença da Justiça de Birigui também condenou Dr. Lauro a pagar indenização mínima ao município de Birigui no valor superior a R$ 3.250.000,00. No caso de Cleudson, a indenização à Prefeitura é no valor de R$ 400.000,00. Eles também foram condenados solidariamente a devolver ao Estado de São Paulo, quase R$ 940 mil. A Justiça decidirá sobre o destino de outros bens apreendidos durante o julgamento dos processos desmembrados.